O Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central) informou que os servidores da instituição, que estão em greve desde a última sexta-feira (1º), decidiram manter a paralisação após reunião com o governo.
Nesta terça, representantes dos servidores se reuniram com Leonardo Sultani, titular da Secretaria de Gestão de Pessoas do Ministério da Economia, mas não obtiveram uma proposta formal de reajuste salarial.
O sindicato, que vinha indicando que o Pix poderia ser afetado pela paralisação, voltou atrás e agora afirma que o sistema de pagamentos não será afetado. O Banco Central já afirmou que o Pix é considerado um serviço essencial –nesses casos, a legislação prevê que os servidores podem ser demitidos em caso de greve apesar da estabilidade.
“A greve poderá afetar ainda mais a divulgação do Boletim Focus e de diversas taxas financeiras [Ptax, a taxa que é referência para o mercado de câmbio], bem como as atividades preparatórias do Comef [Comitê de Estabilidade Financeira] e do Copom [Comitê de Política Monetária]”, afirmou o Sinal em nota.
A reivindicação acontece após o governo conceder um aumento de R$ 1,7 bilhão somente aos policiais federais.
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A operação padrão que vem sendo realizada já vem forçando o órgão a adiar e cancelar a divulgação de dados importantes que estavam previstos.
Se o governo decidir conceder um aumento de 5% a todo o funcionalismo, os custos para os cofres públicos seriam de R$ 20 bilhões ao ano, segundo cálculos da IFI (Instituição Fiscal Independente).