Logo-Agência-TradeMap
Logo-Agência-TradeMap

Categorias:

Oferta de ações da Eletrobras (ELET3) desperta interesse de gestores de fundos locais

Gestoras como Occam, Encore, Kinea, Squadra, Leblon Equities e Forpus Capital avaliam entrar na operação

Foto: divulgação

A oferta de ações da Eletrobras (ELET3) deve atrair grande demanda de fundos de investimento doméstico. Gestoras como Occam, Encore, Kinea, Squadra, Leblon Equities e Forpus Capital avaliam entrar na operação.

A empresa anunciou nesta sexta-feira (27) que fará uma emissão de 627,675 milhões de ações na oferta primária e 69,801 milhões, na secundária. A precificação da operação está prevista para 9 de junho e pode movimentar R$ 30,69 bilhões, com base no preço do fechamento de ontem da ação. Considerando o lote suplementar, pode chegar a R$ 34,6 bilhões.

A gestora Occam Brasil já tem uma posição em ações da estatal e pretende participar da oferta de ações para pulverizar o capital da empresa, em que  o governo deixará de ser o controlador, reduzindo a participação na empresa de 72,33% para 45%. “Vemos muito valor na empresa”, diz Carlos Eduardo Rocha, executivo-chefe de investimentos da gestora.

A gestora Kinea também tem interesse em participar da oferta. “Achamos que o papel da Eletrobras (ELET6) está interessante com a privatização”, disse Marco Freire, gestor de Multimercados da Kinea, em entrevista a Agência TradeMap no dia 6 de maio.

O Bank of America, por sua vez, adicionou o papel da Eletrobras à carteira trimestral TOP 10 Latam do banco. “Achamos que o processo de privatização da Eletrobras está no caminho de ser concluído em junho de 2022, o que poderia ser o principal ‘catalisador’.”

As gestoras Encore Asset Management e Forpus Capital já têm posição no papel e estão avaliando participar da oferta.

A Forpus tem buscado empresas com perfil defensivo, como as de energia e de serviços públicos, que são fortes geradoras de caixa, afirma Rafael Cintra, analista de ações da gestora.

A Leblon Equities ainda não tem uma posição na Eletrobras, mas tem interesse na operação, a depender do preço da emissão. “A gente vai olhar e ver se vai sair no preço correto e se é uma oportunidade”, diz Pedro Rudge, sócio-fundador e COO da Leblon Equities.

A gestora já tem outras empresas de energia na carteira como Light (LIGT3) e Omega Geração (MEGA3).

O setor de energia, contudo, envolve o risco regulatório. Como os reajustes de preços precisam ser autorizados pelas agências reguladoras, o risco de interferência no reajuste de preços, como aconteceu no passado, precisa ser monitorado, alerta Rudge. “O setor ficou muito tempo sem investimento depois disso. É preciso passar uma sinalização correta de que os contratos vão ser cumpridos”, diz.

Atualmente, a Eletrobras responde por mais de 30% da capacidade instalada de geração do país, além de mais de 40% das linhas de transmissão.

Para o gestor da Occam, o cenário eleitoral não está bem precificado e as estatais estão baratas.

Já o megainvestidor brasileiro Luiz Barsi, que tem uma posição em ações preferenciais da Eletrobras (ELET6), disse não ter interesse em entrar na oferta. “Não entraria. A Eletrobras, para quem comprou a R$ 3, R$ 4, como no meu caso, paga um ótimo dividendo. Ela paga dividendo uma vez por ano e seu estatuto prevê pagamento de dividendo mínimo prioritário para as ações preferenciais”, disse em entrevista a Agência Trademap em 20 de abril.

A Eletrobras informou que vai distribuir R$ 1,3 bilhão neste ano.

Compartilhe:

Leia também:

Mais lidas da semana

Uma newsletter quinzenal e gratuita que te atualiza em 5 minutos sobre as principais notícias do mercado financeiro.