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Ibiúna aumenta posição em Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) e ganha com alta de juros no exterior

Fundos multimercados da gestora tiveram ganho com aposta de alta de juros la fora

A gestora Ibiuna Investimentos, dos ex-diretores do BC Rodrigo Azevedo e Mário Torós, aproveitou a queda das ações da Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) em abril para aumentar a posição nessas empresas, enquanto os fundos multimercados da gestora tiveram ganho com a aposta na alta de juros lá fora.

O fundo multimercado Ibiuna Hedge STH, carro-chefe da casa, teve a melhor performance, com ganho de 3,53% em abril. No ano, a carteira acumula alta de 12,7%.

Os ganhos decorrem da aposta na alta de juros nos países desenvolvidos do grupo do G10 e em alguns mercados emergentes, além da posição em inflação implícita no Brasil  (diferença entre títulos do Tesouro atrelados à inflação para a taxa de juros prefixada).

“Isto refletiu oportunidades que vínhamos destacando desde o ano passado em nosso principal tema de investimentos em 2021/22: o avanço da normalização monetária pelo mundo diante do contraste entre taxas globais de inflação em níveis recordes em 40 anos”, destacou a gestora em relatório de abril.

A gestora segue posicionada nesse tema, exacerbado pelo impacto da guerra da Ucrânia na inflação, e vê oportunidade de capturar a volatilidade nas moedas de mercados desenvolvidos com os bancos centrais na Ásia, principalmente China e Japão.

No Brasil, a gestora segue cautelosa com a posição em ativos locais dado o cenário de maior aversão a risco, e reduziu a aposta da na alta do real frente ao dólar. A Ibiúna tem ainda posições vendidas (apostando na queda) do Ibovespa e segue com posição em taxas de juros reais.

“Permanecemos cautelosos com os fundamentos do país diante da combinação potencialmente perversa entre incerteza acerca do regime macroeconômico [a âncora fiscal em particular] a vigorar a partir de 2023 e o elevado ruído na esfera política com o efetivo início da corrida eleitoral”, apontou no relatório de abril.

Aumento de posição em Vale e Petrobras

Apesar de Vale ter reportado uma queda de 19,6% do lucro líquido no primeiro trimestre de 2022, em comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo US$ 4,46 bilhões, a Ibiuna acredita que o valuation da empresa juntamente com a geração de caixa esperada no curto prazo tornam o papel “relativamente atrativo”.

A gestora aproveitou a queda de 13,12% da Vale em abril para aumentar a posição no papel. A gestora reduziu marginalmente posições em siderurgia (USIM5 e GGBR4).

Com a indicação do novo presidente,  José Mauro Ferreira Coelho, e consequente indicação dos futuros passos da empresa, a gestora voltou a aumentar a posição nas ações da Petrobras (PETR3 e PETR4), por avaliar que os preços dos papéis não refletem corretamente os resultados operacionais no médio prazo, mesmo levando em conta os possíveis “riscos” de interferência na empresa, com dividendo anual esperado de mais de 30% e múltiplo EV/EBITDA , que representa o valor da empresa pelo caixa gerado, de 2,5x , na mínima histórica.

Dado o cenário ainda desafiador para o curto prazo, a gestora manteve as alocações seletivas em empresas expostas ao ciclo doméstico brasileiro e trocou a posição em CPFL Energia (CPFE3) por Energisa (ENGI11) dado o perfil de riscos semelhante, porém com retornos esperados bastante superiores.

No setor de shopping centers, a gestora tem uma posição na Multiplan (MULT3), que  publicou forte resultado para o primeiro trimestre com vendas e receitas de aluguel acima dos patamares vistos em 2019 (pré-pandemia). Com o foco na alta renda, a Ibiuna acredita que a operadora de shopping centers deve continuar apresentado resultados sólidos nos próximos trimestres.

O fundo de ações com posição direcional da gestora, o Ibiuna Equities 30 FIC, teve perda de 6,46% em abril contra recuo de 10,1% do Ibovespa, enquanto o Ibiuna Long Short STLS, que busca ganhar com a arbitragem de preços aentre os ativos, teve ganho de 3,51%.

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