Eneva (ENEV3): fundos de investimento querem mudar estatuto da empresa

A Eneva (ENEV3) recebeu uma carta dos fundos Velt, Atmos e Dynamo, titulares de 17,21% do capital social da companhia, com pedidos de mudanças no estatuto social.

O grupo sugeriu três alterações no documento.

A primeira ideia é estender o mandato dos conselheiros de administração de um para dois anos. A justificativa é dar tempo suficiente aos membros do colegiado para que adotem uma “visão estratégica” para os negócios da companhia.

O grupo argumenta que 87,6% das companhias listadas no Novo Mercado da B3, o segmento das empresas com as melhores práticas de governança, adotam o prazo de dois anos para o mandato de seus respectivos conselhos.

A segunda proposta é aperfeiçoar as regras de funcionamento do conselho, deixando mais claro no estatuto da Eneva as atribuições, deveres e vedações aplicáveis aos conselheiros.

Esta mudança, dizem os acionistas, consolidaria num único documento as principais normas relativas ao funcionamento do conselho de administração, tornando-as mais transparentes e permitindo que os acionistas da Eneva possam conhecê-las e interpretá-las facilmente.

Por fim, os fundos querem que assuntos “sensíveis e complexos” da Eneva sejam tratados por um quórum qualificado do conselho – ou seja, por ao menos dois terços do colegiado.

Na lista destes assuntos, estão transações com partes relacionadas, transações entre a empresa e acionistas, ou grupo de acionistas atuando em conjunto, com participação superior a 10%, mudanças no regimento interno do conselho, nomeação e destituição do responsável pela auditoria interna da companhia; e escolha e destituição dos auditores independentes da Eneva.

“O conjunto das propostas de alteração do estatuto social contribuirá, em benefício de todos os acionistas, para que a Eneva tenha uma estrutura de governança corporativa ainda melhor”, assinalam os fundos na carta enviada à empresa.