“Prévia do PIB”: indicador de atividade do BC começa 2022 em queda de 0,99%

Desempenho, prejudicado pela variante Ômicron, inflação e juros altos, veio pior que o esperado por analistas

Foto: Shutterstock

Com o mau desempenho da indústria e serviços no início de 2022, o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) mostrou uma queda de 0,99% em janeiro em relação a dezembro, segundo dados divulgados pelo BC nesta quinta (17).

A contração foi bem maior do que a esperada por analistas de mercado: a média dos especialistas ouvidos pela Reuters projetava uma redução de 0,25%. No acumulado em 12 meses, o indicador registra alta de 4,73%.

O trio de pesquisas divulgadas mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para o mês de janeiro, mostrando o desempenho de indústria, comércio e serviços, mostraram dados diferentes para os setores.

Em meio ao avanço da variante Ômicron do coronavírus que estava em curso no início deste ano, além da alta de juros e da inflação alta, a produção industrial teve queda de 2,4%. Já a receita do setor de serviços encolheu 0,1%, quebrando uma sequência de dois meses de alta no final do ano passado.

O comércio, por outro lado, viu suas vendas aumentarem 0,8% em janeiro na comparação com o mês anterior,  desempenho acima do esperado pelo mercado.

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Analistas ouvidos semanalmente pelo Boletim Focus, do BC, esperam que o PIB (Produto Interno Bruto) cresça 0,49% neste ano e 1,43% em 2023.

O que é o IBC-Br?

É um indicador que foi criado pelo Banco Central para medir a atividade econômica mensal do país, ajudando a instituição a determinar o rumo da política monetária. Tem uma metodologia diferente da usada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para apurar o PIB (Produto Interno Bruto).

O IBC-Br incorpora projeções para serviços, comércio, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos.

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