Como o mercado deve reagir ao avanço da privatização da Copel (CPLE6)

O estado do Paraná alega a intenção de captar recursos para suprir as necessidades de investimento

Foto: Shutterstock/T. Schneider

A Copel (CPLE6) anunciou, na manhã desta segunda-feira (21), que recebeu um comunicado do estado do Paraná, acerca da possível desestatização da companhia, tornando-a uma corporação, sem controlador definido.

O fato relevante divulgado pela Copel menciona a realização de uma oferta de ações, a qual não seria acompanhada pelo estado, que deve permanecer com 15% do capital social total da empresa, sendo 10% do capital com direito a voto. 

O estado do Paraná alega a intenção de captar recursos financeiros para suprir as necessidades de investimento público. O levantamento do capital aconteceria com a valorização das ações detidas na Copel. 

Nos últimos cinco anos, os papéis da geradora, transmissora, distribuidora e comercializadora de energia valorizaram 188%.  

A desestatização, todavia, seria acompanhada da criação de uma ação preferencial de classe especial (ou golden share), dando ao governo paranaense direito a veto para mudanças como nome da empresa e local de sede.

O que achamos

A privatização da Copel ainda está em estudos e precisará passará tanto pelo crivo do Legislativo quanto pelo do Tribunal de Contas do estado. 

Trata-se de uma operação amplamente aguardada pelo mercado e que ganhou força com a reeleição de Carlos Massa Junior (o Ratinho Junior) para o governo do Paraná. 

Hoje, o estado detém 69,6% das ações ordinárias da Copel. A redução desta fatia para 15% seria mais agressiva do que o registrado na privatização da Eletrobras em meados deste ano, quando a União passou de 51,8% para 33% do capital da companhia. 

A empresa já estava se desfazendo de ativos não essenciais para se tornar mais eficiente. Agora, com a materialização da privatização mais próxima, os investidores esperam maior criação de valor com a melhora da percepção da governança corporativa.

Como as ações da Copel devem reagir

As ações da Copel devem ter um dia positivo no pregão desta segunda, com os investidores atribuindo maior expectativa ao valor da empresa após a desestatização.

*O Pré-Trade é publicado diariamente pela Agência TradeMap, sempre antes da abertura da Bolsa, e se propõe a indicar como investidores podem reagir no pregão em reação a alguma notícia ou fato novo que tenha relação com uma ação específica em sua carteira. O conteúdo se destina a fins informativos e não deve ser interpretado como nenhum tipo de recomendação de investimentos.

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