BTG (BPAC11): resultados anuais positivos serão suficientes para animar o investidor? Confira possível reação dos papéis

Banco registra maiores receitas e lucros anuais, mesmo com crescimento de provisões em meio ao caso Americanas

Foto: Shutterstock/rafapress

O BTG Pactual (BPAC11) registrou um ano de crescimento nas receitas e nos lucros, mesmo com maiores provisões como forma de precaução para o caso da recuperação judicial da Americanas.

De acordo com resultados publicados na manhã desta segunda-feira (13), a receita do banco cresceu 24% no ano de 2022, para R$ 17,2 bilhões, em comparação com 2021.

A instituição provisionou R$ 1,2 bilhão para um possível calote da Americanas, que representa em torno de 63% da dívida a receber, de R$ 1,9 bilhão. O número exclui os R$ 1,2 bilhão bloqueados pelo banco para compensar às o montante devido pela varejista.

Mesmo com maior provisão, o lucro do BTG cresceu 28%, para R$ 8,3 bilhões, no ano passado, ao comparar com resultado de 2021. Por outro lado, no quarto trimestre, houve leve queda de 0,8%, para R$ 1,76 bilhão em comparação com igual período anterior.

Já o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido), indicador utilizado para medir a rentabilidade do negócio, foi de 20,8% no ano, 0,5 ponto percentual superior à 2021. Ao excluir as provisões feitas para Americanas, o ROE seria ainda maior de 22,1%.

O que achamos?

A estratégia do BTG foi diferente em relação aos pares do mercado, como Itaú e Bradesco, que provisionaram 100% das dívidas da Americanas. Diante disso, o banco manteve resultados crescentes e maior rentabilidade do negócio.

Caso não houvesse as provisões, já que este foi um evento atípico, os resultados do banco poderiam ser ainda melhores.

A receita seria de R$ 18,4 bilhões no ano de 2022, crescimento de 32,3% em relação à 2021, enquanto o lucro teria crescido 37%, para R$ 8,9 bilhões.

Além disso, o BTG divulgou um guidance otimista para 2023. De acordo com o banco, a expectativa é que o ROE seja superior ao 20,8% reportado em 2022, uma vez que as receitas crescerão mais do que os custos.

A dúvida que fica para este ano é em relação ao cenário macroeconômico, com juros elevados, que deve tornar menos atrativos os investimentos de risco e afetar as receitas da instituição financeira.

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Como as ações devem reagir?

Os investidores devem manter cautela devido ao caso Americanas, no entanto, o viés dos resultados é positivo.

Diante disso, as ações podem abrir em alta no pregão desta segunda-feira (13). Vale lembrar que os papéis do banco acumulam queda de 8% no ano.

*O Pré-Trade é publicado diariamente pela Agência TradeMap, sempre antes da abertura da Bolsa, e se propõe a indicar como investidores podem reagir no pregão em reação a alguma notícia ou fato novo que tenha relação com uma ação específica em sua carteira. O conteúdo se destina a fins informativos e não deve ser interpretado como nenhum tipo de recomendação de investimentos.

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