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Petrobras, Caged, greve de servidores e o que mais você precisa saber para investir bem hoje

Investidores ainda acompanham balanços da Cemig, Bradespar e Méliuz

Gabriel Tomé

Gabriel Tomé

Foto: Shutterstock

Novo presidente para a Petrobras, greve por tempo indeterminado dos servidores do Banco Central (e talvez do Tesouro Nacional), dados do mercado de trabalho formal e uma nova rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia. Esses são apenas alguns dos fatores que os investidores terão que digerir nesta terça-feira (29), que promete ser agitada.

A Bolsa ontem estava quase fechando quando surgiu a informação, depois confirmada pelo governo, de que o presidente Jair Bolsonaro tomou a decisão sobre a qual já vinha se especulando desde que a Petrobras optou por um forte reajuste da gasolina e do diesel: retirou o general da reserva Joaquim Silva e Luna da presidência da estatal.

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Para o seu lugar, indicou um nome técnico, o economista Adriano Pires, do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura). Entre muitos analistas, a percepção é que o governo fez um gesto puramente político e trocou seis por meia dúzia, já que o executivo, conhecido por prestar consultoria ao setor de energia (incluindo concorrentes da Petrobras), é um defensor da política de preços da estatal.

“Essa é apenas mais uma tentativa do governo de dizer que não pode intervir na Petrobras e que o máximo que pode fazer é trocar a presidência da companhia. Na prática, não vai mudar nada”, afirmou um analista ao Valor Econômico.

Por outro lado, segundo O Globo, o economista já endossou propostas de concessão de subsídios temporários, utilizando os dividendos pagos pela estatal à União, para amenizar o efeito da guerra no Leste Europeu sobre os preços. Ou seja, se essa opção for levada em frente, pode haver custos para as contas públicas.

Greve dos servidores

Outra preocupação fiscal do mercado é com o crescente movimento dos servidores públicos por reajustes salariais. No final da tarde desta segunda (28), os funcionários do Banco Central aprovaram greve por tempo indeterminado a partir de 1º de abril.

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A reivindicação acontece após o governo conceder um aumento de R$ 1,7 bilhão somente aos policiais federais, e a operação padrão que vem sendo realizada já vem forçando o órgão a adiar e cancelar a divulgação de dados importantes que estavam previstos para esta semana.

Os servidores do Tesouro Nacional também realizam assembleia hoje, às 10h30, para deliberar sobre a possibilidade de greve por tempo indeterminado. Se o governo decidir conceder um aumento de 5% a todo o funcionalismo, os custos para os cofres públicos seriam de R$ 20 bilhões ao ano, segundo cálculos da IFI (Instituição Fiscal Independente).

Caged

Os investidores ainda estão de olho na divulgação do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que será divulgado às 9h30. Os dados irão revelar o desempenho do mercado de trabalho formal em fevereiro.

O consenso de analistas ouvidos pela Reuters é de criação de 210 mil postos de trabalho com carteira assinada no mês passado.

Encontro entre Rússia e Ucrânia

Na manhã desta terça, os mercados operam em alta com os investidores de olho nas negociações entre Rússia e Ucrânia por uma trégua. Delegações dos dois países se encontram na Turquia para retomar as conversas.

Por volta das 8h12, o EuroStoxx 50 subia 2,43%. Os futuros do Dow Jones avançavam 0,40%, do S&P 500 subiam 0,39% e do Nasdaq, 0,33%.

Balanços

Cemig (CMIG4), Bradespar (BRAP4), Qualicorp (QUAL3), Rede D’Or (RDOR3) e Méliuz (CASH3) informam seus resultados do quarto trimestre de 2021.

Veja a agenda completa: 

Às 8h, a FGV divulga a Sondagem da Indústria.

Às 9h30, saem os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de fevereiro, com informações sobre criação de emprego formal no país.

Às 11h, a BLS (Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos) informa a criação de emprego nos EUA em fevereiro.

Às 10h30, o Tesouro Nacional divulga o Relatório da Dívida Pública de fevereiro.

 

 

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