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Ibovespa acompanha piora das bolsas americanas e fecha em baixa de 0,1%

Com a performance de hoje, o saldo da Bolsa brasileira na semana foi de alta de 2,46%

Gabriel Bosa

Gabriel Bosa

Foto: Shutterstock

O Ibovespa até tentou resistir ao peso das Bolsas do exterior, passando a maior parte do dia no verde, mas virou para o vermelho perto do fim do pregão desta sexta-feira (22), encerrando em queda de 0,11%, aos 98.924 pontos. As perdas foram limitadas pelas ações de mineradoras e siderúrgicas.

Com a performance de hoje, o saldo do Ibovespa na semana foi de alta de 2,46%. No acumulado de julho, o índice soma alta de 0,39%, enquanto a desvalorização desde o início do ano é de 5,36%.

Exterior pressiona

Nos Estados Unidos, as Bolsas foram pressionadas pelo balanço abaixo do esperado da Snap, que impactou as ações de tecnologia, já que há preocupações de como podem ser afetadas pela queda das vendas de publicidade online.

O Twitter (TWTR34) registrou prejuízo de US$ 270 milhões no segundo trimestre, resultado bem diferente do observado no mesmo período do ano passado, quando a empresa lucrou US$ 66 milhões.

A perda foi motivada tanto por uma leve queda na receita – de 1,2%, para US$ 1,17 bilhão, quanto pelo aumento de 31% nas despesas da companhia, principalmente por causa de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, que cresceram 52% e responderam por quase um terço das despesas do período.

Assim, o S&P 500 fechou em baixa de 0,93%, o Dow Jones caiu 0,43% e o Nasdaq recuou 1,87%. Na Europa, o índice Euro Stoxx 50 fechou estável.

Petrobras e minério ajudam

Seguindo dados econômicos abaixo da expectativa no Velho Continente, um dia depois de o BCE (Banco Central Europeu) elevar a taxa de juros por lá, o petróleo caiu, com o Brent fechando em baixa de 0,63%, a US$ 103,20 por barril. Com isso, as ações do setor caíram, com a 3R Petroleum (RRRP3) perdendo 3,35% e a Prio (PRIO3), 0,74%.

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A exceção foi a Petrobras que, apesar de ter apresentado números de produção menores no segundo trimestre deste ano e abaixo das expectativas de agentes do mercado, fechou em alta. A ação preferencial da estatal (PETR4) avançou 1,07% e a ordinária (PETR3) subiu 1,08%.

Os analistas do Itaú BBA que acompanham o setor já esperavam uma reação “levemente positiva” do mercado, por causa da alta taxa de utilização das refinarias no trimestre, que atingiram 97% ao final de junho, segundo os dados divulgados pela estatal.

“Combinado a isso, as fortes margens de refino provavelmente impulsionarão os próximos resultados de downstream (atividades de transporte, comercialização, refino e transporte e comercialização de derivados de petróleo)”, escreveram, em relatório distribuído a clientes.

O índice também foi sustentado pela alta do minério de ferro, que deu impulso às ações do setor. Na Bolsa de Dalian, o preço da tonelada da commodity avançou 3,57%, sendo avaliado a US$ 100,64. Com isso, a Vale (VALE3) teve alta de 0,93%.

Outros destaques do pregão

A Vale subiu, mas não foi a maior alta do dia. Quem ocupou as três primeiras posições do Ibovespa no pregão desta sexta-feira foram os papéis de BRF (BRFS3), Suzano (SUZB3) e Sabesp (SBSP3), com ganhos de 4,62%, 2,78% e 2,76%, respectivamente.

De acordo com informações da Reuters, o frigorífico conseguiu a reabilitação de uma unidade localizada em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, para exportar frango à região. A planta da empresa estava suspensa desde 2019 após uma auditoria.

Na outra ponta, as maiores baixas do índice foram de IRB (IRBR3), Americanas (AMER3) e Via (VIIA3), com perdas de 8,26%, 5,91% e 4,98%, nesta ordem.

O IRB Brasil registrou prejuízo de R$ 273,1 milhões em maio e aumentou significativamente o prejuízo acumulado em 2022, para R$ 285,3 milhões. Em comunicado, a companhia disse que o resultado negativo reflete um aumento no acionamento de seguros relacionados ao agronegócio, que fizeram as despesas ficarem acima da receita.

Tanto em maio do ano passado quanto no acumulado de janeiro a maio de 2021, o IRB havia registrado lucro – de respectivamente R$ 7,5 milhões e de R$ 9,4 milhões.

Na análise da Genial Investimentos, os prejuízos contínuos da companhia podem tornar necessário um novo aumento de capital ou emissão de dívida.

Para os próximos meses, a perspectiva da corretora é que a dinâmica siga desfavorável para a empresa de resseguros, “dada a incerteza em relação ao ROE [retorno sobre capital] de longo prazo e a cauda de contratos descontinuados”.

Criptomoedas

Depois de uma semana de fortes ganhos, o Bitcoin (BTC) desacelerou nesta sexta-feira e opera próximo da estabilidade em um dia de queda nas Bolsas americanas, em especial a Nasdaq.

Por volta de 16h50, a maior cripto do mercado registrava queda de 0,6% em relação à cotação de 24 horas atrás, negociado a US$ 23.122, conforme dados do Mercado Bitcoin disponíveis na plataforma TradeMap.

Apesar da desaceleração, o BTC soma alta de 10% na semana com indicações de analistas que o pior momento para as criptomoedas tenha ficado para trás.

O destaque dos últimos dias ficou com o Ethereum (ETH), com valorização de 16% na semana, conforme dados da Binance, diante da expectativa que a atualização da blockchain seja realizada em setembro.

A tão esperada fusão (the merge, em inglês) é um dos eventos mais aguardados do ano no universo cripto por marcar a mudança na forma de mineração dos tokens para um sistema menos poluente, além de abrir caminho para futuras melhorias aguardadas para 2023.

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