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Estrangeiros aportam R$ 1,9 bi na B3 um dia após eleição e saldo em outubro é o maior desde agosto

Já fundos e pessoas físicas sacaram dinheiro da Bolsa brasileira após resultado da disputa presidencial

Foto: Shutterstock

A alta de 1,31% do Ibovespa um dia após o resultado do segundo turno da eleição presidencial foi impulsionada por investidores estrangeiros, que aportaram um total líquido de R$ 1,9 bilhão na Bolsa brasileira em 31 de outubro.

Já os investidores pessoas físicas registraram saída líquida de R$ 362 milhões no mercado secundário de ações da B3 após a vitória do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidente, assim como os institucionais, que englobam os fundos de investimentos, registraram saída líquida de R$ 1,5 bilhão.

Os investidores locais já tinham ajustado, em boa parte, suas posições antes do segundo turno da disputa presidencial, uma vez que as pesquisas já mostravam o candidato petista à frente na corrida eleitoral. Isso explica a queda acima de 13% das ações de empresas estatais como Petrobras (PETR3) e Banco do Brasil (BBAS3) na semana passada.

Em outubro, a entrada líquida de investimentos estrangeiros na Bolsa brasileira somou R$ 14,1 bilhões, o maior aporte desde agosto.

Já os investidores pessoas físicas e institucionais registraram saídas líquidas (quando os resgates superam os aportes) de R$ 5 bilhões e R$ 14,3 bilhões no mês, respectivamente.

No ano, o fluxo de investimento estrangeiro para a Bolsa é recorde e soma saldo positivo de R$ 101,7 bilhões, entre recursos direcionados para as compras de papéis no mercado secundário e para as ofertas de ações, segundo dados da B3.

gráfico fluxo investimentos estrangeiros

Brasil é destaque entre emergentes

Com a Rússia em guerra com a Ucrânia e a China com problemas geopolíticos com Taiwan e Estados Unidos, o Brasil ganhou destaque entre os mercados emergentes, apresentando um cenário econômico-político mais estável.

Para o economista-chefe do Instituto Internacional de Finanças (IIF), Robin Brooks, com uma transição de governo ordenada, o Brasil será o país emergente “mais quente” para se investir em 2023.

Investidores têm retirado recursos da China após a reeleição de Xi Jinping para um terceiro mandato com maior poder, o que gerou preocupação em relação a um aumento de intervenção estatal em empresas chinesas.

O banco suíço Julius Baer destacou, em relatório, que os investidores agora estarão atentos para saber quem serão os membros da equipe de governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principalmente o ministro da Fazenda, além de ter mais detalhes sobre sua agenda fiscal.

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