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Com Vale (VALE3) liderando lista de ações mais indicadas para dezembro, 2022 termina como começou

Mineradora mantém sua posição de papel mais indicado por analistas para este mês

Foto: Shutterstock/Diego Thomazini

Depois de um ano marcado por pontos como a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, temores de recessão e desaceleração econômica global e duras restrições à mobilidade para combater a disseminação da Covid-19 na China, a Vale (VALE3) chega a dezembro como estava em janeiro: na primeira posição entre as ações mais recomendadas por analistas para o mês.

De acordo com 13 corretoras consultadas pela Agência TradeMap, a gigante da mineração é a ação mais indicada para investir em dezembro, mesmo depois de somar valorização de 27,7% no mês de novembro. Desde o início do ano, a Vale acumula ganhos de 19,2%.

O segundo colocado no ranking de ações mais indicadas, o Itaú (ITUB4), também é figurinha repetida, e ocupava o mesmo posto na lista de janeiro. De lá para cá, o papel do banco valorizou 26%. No mês de novembro, porém, a performance foi negativa em 14,5%.

Completam a lista as ações de Assaí (ASAI3) e Prio (PRIO3), que já apareceram em edições anteriores, e uma estreante: a WEG (WEGE3). Metade da receita da empresa vem de vendas no exterior, o que confere à ação um caráter defensivo – ou seja, de exposição reduzida aos altos e baixos da economia brasileira.

“A proposta agressiva de expansão fiscal do novo governo e as incertezas em torno do novo ministro da Fazenda nos tornaram mais cautelosos com as ações brasileiras”, afirmam analistas do BTG Pactual. “Em dezembro, continuamos a estratégia iniciada no mês passado de adicionar temas menos correlacionados com a economia brasileira”, completam.

Confira a seguir as cinco ações mais indicadas para dezembro:

Vale

Depois de deixar de apostar na ação por um período, o BTG Pactual optou por reinserir as ações da mineradora em sua carteira, devido principalmente à exposição da empresa ao dólar e à potencial reabertura da economia chinesa.

Na visão dos analistas, a atividade econômica da China deve se recuperar gradualmente em 2023, à medida que o governo diminui as restrições à mobilidade impostas para combater a Covid-19 e estimula o mercado imobiliário.

Além disso, avaliam analistas da Santander Corretora, a demanda por minério de ferro de alta qualidade deve continuar “decente” no curto prazo, beneficiando a empresa, que vem aumentando sua oferta.

“O preço do minério tem declinado, mas ainda se mantém acima da média histórica, de US$ 75 a tonelada. A expectativa é de manutenção neste patamar atual, o que assegura um preço ainda muito bom para a Vale, ampla geração de caixa e capacidade de pagamento de proventos”, diz a Órama Investimentos.

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Os analistas do Santander citam ainda a distribuição de dividendos, o programa de recompra de ações e a possível cisão ou IPO da divisão de metais básicos da companhia como pontos que sustentam sua recomendação de compra.

Itaú

O Itaú segurou sua posição na lista de ações mais indicadas e na carteira recomendada da Safra Corretora, que o considera o nome de maior qualidade dentro do setor bancário.

“O Itaú superou seus pares privados nos resultados do terceiro trimestre e esperamos que continue assim nos próximos trimestres, reforçando que ele realmente merece o selo de ‘premium’ no setor financeiro”, afirmam analistas do BTG.

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Para eles, o banco é mais defensivo para o momento econômico atual, devido a sua exposição aos segmentos de varejo de alta renda e grandes empresas, uma vez que a inadimplência de pessoas físicas de baixa renda e microempresas vem apresentando deterioração.

Assaí

Devido a seu modelo de atacarejo, que oferece produtos a preços mais acessíveis e, consequentemente, acessa o público de renda mais baixa, o Assaí deve se beneficiar da manutenção do valor do Auxílio Brasil em R$ 600 por mês, na visão do Santander.

“Considerando o momento atual, em que o consumidor está com seu poder de compra pressionado, e dado o alto nível de inflação nos últimos meses, em especial na categoria de alimentos, enxergamos o segmento de atacarejo bem posicionado, visto a competitividade de preços apresentada no formato”, afirmam os analistas do banco.

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O Santander cita ainda o crescimento e a geração de caixa robusta, que devem permitir expansão futura, e a recente aquisição de lojas da rede de hipermercados Extra como pontos positivos da companhia.

“A empresa possui forte geração de caixa, sendo um destaque de crescimento no setor, possui estratégia e execução bem definidas para a expansão da companhia e management com vasta experiência no setor de varejo alimentar”, resumem analistas da Guide Investimentos.

Prio

Mesmo depois da valorização de 74% nas ações da Prio desde o início do ano, a avaliação dos analistas do BTG é que há espaço para mais, uma vez que a empresa deve seguir gerando valor por sua trajetória de crescimento inorgânico.

O histórico bem-sucedido de fusões e aquisições colocou a petroleira em uma posição única no setor brasileiro de óleo e gás, segundo o BTG: com forte crescimento de produção, espaço para reduzir ainda mais os custos e boa posição de caixa, o que permite aproveitar boas oportunidades de aquisição.

A companhia também deve se beneficiar dos preços elevados do petróleo, segundo o Safra, tirando proveito da alta eficiência de seus campos de produção.

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E a aposta na empresa fica ainda mais forte diante do momento atual da Petrobras (PETR4), que vem sendo pressionada por riscos políticos, completam os analistas do BTG.

WEG

Novata no ranking de ações mais recomendadas, a WEG entrou na carteira do BTG devido a sua baixa exposição à economia doméstica. De acordo com o banco, 51% do faturamento da companhia vem do exterior.

Além disso, os analistas do BTG destacam que os fundamentos da companhia estão “mais fortes do que nunca”, refletindo a forte capacidade de execução durante e após a pandemia de Covid-19, o que reforçou a ideia de que seu modelo de negócios é resiliente em momentos de crise.

O BTG acredita ainda que, no longo prazo, a companhia pode tirar proveito das tendências globais de mobilidade elétrica, eficiência energética, digitalização e automação e energia renovável.

“Os fundamentos permanecem consistentes com posicionamento e protagonismo na transição energética/descarbonização da indústria mundial, além da diversificação de portfólio de produtos e geográfica com plantas industriais ao redor do globo”, escrevem analistas do BB Investimentos.

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