A dúvida sobre como o governo vai administrar o aumento nas despesas em 2023, assim como a perspectiva de aumento do endividamento público, fizeram o mercado esperar taxas de juros maiores e provocaram a queda no preço das ações. Mas, mesmo assim, há oportunidades na Bolsa, segundo a Guide.
A corretora ressalta que desde agosto as taxas de juros estavam caindo, reagindo à sinalização do Banco Central de que interromperia o ciclo de aumento da Selic.
Isso mudou depois das eleições, diante das notícias de que o próximo governo planejava retirar o Auxílio Brasil do conjunto de despesas limitadas pelo teto de gastos.
Como ainda faltam definições em torno deste assunto – por exemplo, por quanto tempo essa isenção ao teto vai vigorar, qual será o tamanho real da despesa que ficará sem limites -, a Guide recomenda cautela ao investidor.
Na Bolsa, os melhores papéis são aqueles de empresas consideradas de “qualidade” – com baixo endividamento e margens de lucro altas – e que sofreram grandes quedas de preço nos últimos dias. É o caso de Arezzo (ARZZ3), Multiplan (MULT3), Totvs (TOTS3) e Itaú Unibanco (ITUB4).
“É prudente evitar investimentos mais arriscados, como empresas muito endividadas no mercado de ações, fundos imobiliários high-yield e fundos imobiliários alavancados”, diz o relatório.
“Na renda fixa, vemos os títulos NTN-B como opções com risco-retorno melhor que as LTNs em função da proteção contra a inflação”, acrescentou a Guide.