IGP-M cai 0,97% em outubro, na terceira deflação seguida

Queda foi puxada por novos recuos do óleo diesel e do leite in natura

Foto: Shutterstock/SkazovD

O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) recuou 0,97% em outubro, acelerando o recuo de outubro, quando havia tombado 0,95%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (28) pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Com o resultado, o índice acumula alta de 5,58% no ano e de 6,52% em 12 meses.

“Combustíveis fósseis e leite explicam a nova queda registrada pela taxa do IGP-M”, apontou o coordenador de índices de preços da FGV no material de divulgação. “No âmbito do produtor, os destaques foram óleo diesel (de -4,82% para -5,67%) e leite in natura (de -6,72% para -7,56%). Já no IPC, os destaques partiram de quedas menos intensas nos preços da gasolina (-3,74%) e do leite tipo longa vida (-8,26%)”, completou.

O indicador é formado por três índices: o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) e o INCC (Índice Nacional de Custo de Construção).

O IPCA teve queda de 1,44% no mês, após tombar 1,27% em setembro.

“A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 2,35% para 6,12%, no mesmo período. O índice relativo a bens finais, que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,24% em outubro, após alta de 0,20% no mês anterior”, apontou a FGV.

Já o IPC, que mede a inflação ao consumidor, teve alta de 0,50%, após recuar em setembro.

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“Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo transportes (-2,93% para -0,96%)”, apontou a fundação. “Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de -9,46% em setembro para -3,74% em outubro”.

Por fim, o INCC, que mede os custos da construção, ficou quase estável, subindo 0,04% em outubro. “Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de setembro para outubro: Materiais e Equipamentos (-0,14% para -0,32%), Mão de Obra (0,26% para 0,31%), e Serviços, repetiu a taxa do mês anterior, de 0,34%”, disse a FGV.

Afinal, o que mede o IGP-M?

O IGP-M é usado como indexador em muitos contratos de aluguel, energia elétrica, mensalidades, alguns tipos de seguros e alguns planos de saúde. Ele é formado por três índices de preços:

  • O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo) mede a variação de preços dos bens por estágios de processamento (bens finais, bens intermediários e matérias-primas brutas) e por origem (produtos agropecuários e produtos industriais). Responde por 60% do IGP-M.
  • O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), que é o termômetro dos preços ao consumidor em oito categorias (alimentação, habitação, vestuário, saúde e cuidados pessoais, educação, leitura e recreação, transportes, despesas diversas e comunicação). Responde por 30% do IGP-M.
  • INCC (Índice Nacional de Custo de Construção), formado por materiais, equipamentos e serviços e mão de obra. Responde por 10% do IGP-M.

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