Após mostrar força em julho, o IBC-Br (Índice de Atividade do Banco Central), indicador apelidado de “prévia do PIB”, tombou 1,13% em agosto, uma queda maior que a esperada pelo mercado, que acreditava em um recuo de 0,30%.
O dado de julho foi revisado, de uma alta de 1,17% para um avanço de 1,67%.
O número, divulgado pelo BC nesta segunda-feira (17), mostrou ainda que o indicador avançou 4,86% na comparação com o mesmo mês de 2021, período em que a economia sofria os impactos da escalada da inflação e da pandemia de coronavírus.
As pesquisas de comércio e indústria do IBGE já haviam apontado recuo no mês retrasado: as vendas do varejo registraram leve queda de 0,1% na comparação com julho, o menor patamar de 2022 e o terceiro mês seguido sem avanço.
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Já a produção industrial caiu 0,6%, eliminando a alta registrada em julho e ainda 1,5% abaixo de fevereiro de 2020, patamar pré-pandemia. Apesar disso, a receita do setor de serviços aumentou 0,7% em agosto.
O que é o IBC-Br?
É um indicador que foi criado pelo Banco Central para medir a atividade econômica mensal do país, ajudando a instituição a determinar o rumo da política monetária. Tem uma metodologia diferente da usada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para apurar o PIB (Produto Interno Bruto).
O IBC-Br incorpora projeções para serviços, comércio, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos.