Ibovespa recua após máxima histórica, com mercado atento às tarifas dos EUA e à cúpula do Brics

Foto: Shutterstock/KanawatTH

Nesta segunda-feira (07), o Ibovespa iniciou o pregão com queda de 0,30%, aos 140.832 pontos, após renovar sua máxima histórica na última sexta-feira (4). O desempenho reflete a cautela dos investidores diante da incerteza sobre a política tarifária dos Estados Unidos, que volta a dominar o noticiário internacional. No cenário doméstico, as atenções se voltam para o segundo dia da reunião do Brics, realizada no Rio de Janeiro, e para a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à imprensa. Dados macroeconômicos e o novo investimento da Petrobras também seguem no radar.

As incertezas em torno da imposição de tarifas pelos Estados Unidos voltaram a pesar sobre os mercados. Autoridades americanas indicaram um possível adiamento da implementação das taxas previstas, sem especificar quais mudanças ocorrerão. Segundo o presidente Donald Trump, os EUA estão prestes a concluir acordos comerciais e devem notificar países sobre as novas tarifas até 9 de julho, com entrada em vigor prevista para 1º de agosto. Anteriormente, Trump havia anunciado uma tarifa básica de 10% e outras adicionais de até 50%. Além disso, o presidente americano ameaçou impor uma taxa extra de 10% sobre países que se alinharem ao Brics, afirmando que “não haverá exceções a essa política”.

Enquanto isso, no Brasil, o segundo dia da cúpula do Brics concentra discussões sobre meio ambiente, a COP30 e saúde global. O presidente Lula deverá fazer uma declaração à imprensa às 13h, destacando a posição do Brasil em temas multilaterais e econômicos.

No setor corporativo, a Petrobras ganhou destaque após a Siemens Energy anunciar contrato para fornecer sistemas de compressão elétrica para os futuros navios-plataforma P-84 e P-85. O acordo, estimado em R$ 2 bilhões, marca o uso de soluções mais sustentáveis, substituindo as tradicionais turbinas a gás, com previsão de entrada em operação das plataformas em 2029 e 2030, respectivamente.

Entre os indicadores econômicos, o IGP-DI recuou 1,80% em junho, intensificando a deflação registrada no mês anterior (-0,85%), segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A queda foi mais intensa do que o esperado pelo mercado, que projetava queda de 1,58%. Com isso, o índice passou a acumular alta de 3,83% em 12 meses. A queda foi puxada principalmente pelo recuo nas matérias-primas brutas, como o café, que já começa a impactar os preços ao consumidor.

Por volta das 10h33, as listas das maiores altas e baixas eram dominadas por:

 

Altas

 

  • BRF (BRFS3): +1,91%

 

  • Hypera (HYPE3): +1,91%

 

  • Braskem (BRKM5): +1,83%

 

 

Baixas

 

  • Yduqs (YDUQ3): -3,00%

 

  • Engie (EGIE3): -2,12%

 

  • RaiaDrogasil (RADL3): -1,70%

 

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