A Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia (SEDDM/ME) começou neste mês a sondagem do mercado para a estruturação dos fundos imobiliários da União, que fazem parte do projeto Incorpora Brasil, segundo informou em nota o Ministério da Economia nesta terça-feira, 11.
A intenção é criar fundos imobiliários com foco no segmento de desenvolvimento e logística. Em princípio, foram selecionados 237 ativos em todo o país, que incluem o Aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte, com uma área com 60 hectares, e a Via Expressa Beira-Mar Sul, em Florianópolis, com 130 hectares. A intenção é atrair investimentos para que sejam desenvolvidos bairros no entorno dessas áreas.
A ideia do governo é lançar os editais em março para seleção dos gestores das carteiras.
“Ao invés de vendermos imóvel a imóvel, podemos monetizar por meio de grandes lotes, o que nos garante escala de venda compatível com a oferta que temos”, avalia o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Diogo Mac Cord em nota. Segundo ele, outra característica do projeto é a garantia de liquidez para grandes imóveis, que, se fossem vendidos isoladamente, não teriam o mesmo êxito que a estratégia de dispersão de cotas dentro dos fundos.
A primeira etapa do projeto, que envolve a sondagem do mercado para a seleção de participantes para prestação de serviços de constituição, estruturação, administração e gestão dos fundos imobiliários, além da modelagem de negócio do projeto, vai até 28 de janeiro.
A segunda etapa da sondagem de mercado será composta de reuniões individuais com os agentes, no Rio de Janeiro e em São Paulo, no período de 24 a 28 de janeiro.
De acordo com relatório do Tesouro, há aproximadamente R$ 400 bilhões em patrimônio imobiliário federal sem uso público.
Em setembro de 2021, o governo anunciou que pretendia arrecadar R$ 110 bilhões até dezembro de 2022 com a venda ou a locação de parte dos mais de 50 mil prédios e terrenos públicos.