Ibovespa avança com expectativa sobre reação do Brasil à tarifas dos EUA

Foto: Shutterstock/Sittipong Phokawattana

Nesta terça-feira (22), o Ibovespa abriu em alta de 0,51%, aos 134.870 pontos, refletindo um momento de aparente alívio entre os investidores. No radar do mercado estão os próximos passos do governo brasileiro diante da escalada tarifária dos Estados Unidos, além de pronunciamentos de autoridades locais. No cenário externo, as atenções se voltam à qualidade dos acordos propostos pelos EUA e à possibilidade de prorrogação do prazo para início das tarifas.

No Brasil, as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, continuam influenciando o humor dos agentes econômicos. Lula afirmou, na véspera, que o Brasil ainda não está em guerra tarifária com os EUA, mas advertiu que poderá agir caso o governo Trump mantenha sua posição. Em paralelo, Haddad indicou que propostas concretas para resposta econômica serão levadas ao presidente nos próximos dias, e o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, confirmou que há um plano de apoio aos setores afetados.

Enquanto isso, a retórica política entre Brasil e EUA permanece acirrada. Lula criticou o uso do comércio como instrumento de “coerção e chantagem” e sugeriu que essa postura contradiz valores democráticos. A referência à “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, mencionada por Trump como justificativa parcial para a tarifa, também adicionou tensão ao debate. Com o dia 1º de agosto se aproximando, o mercado monitora atentamente qualquer sinal de desdobramento.

Do lado norte-americano, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que o governo está mais interessado na qualidade dos acordos do que no prazo de implementação. Quando questionado sobre uma possível prorrogação, indicou que a decisão será tomada diretamente por Donald Trump. Já o senador republicano Lindsey Graham elevou o tom ao ameaçar tarifas de até 100% a países que mantiverem relações comerciais com a Rússia, colocando o Brasil novamente sob observação.

No mercado de commodities, o minério de ferro registrou sua quinta alta consecutiva, sustentado pelo anúncio de um megaprojeto hidrelétrico na China no valor de US$ 170 bilhões, destinado a impulsionar a atividade econômica. A valorização da commodity pode atuar como suporte para o desempenho do Ibovespa, especialmente em meio às incertezas globais geradas pela política comercial agressiva dos EUA.

Por volta das 10h22, as listas das maiores altas e baixas eram dominadas por:

 

Altas

 

  • Usiminas (USIM5): +4,49%

 

  • CSN (CSNA3): +3,13%

 

  • CVC (CVCB3): +2,60%

 

 

Baixas

 

  • Yduqs (YDUQ3): -1,88%

 

  • Fleury (FLRY3): -1,65%

 

  • Cogna (COGN3): -1,54%

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