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Qual seria a seleção da Bolsa na Copa do Mundo em 2022?

A Seleção TradeMap traz as melhores empresas de acordo com suas características, para cada posição em campo

Foto: Shutterstock/Master1305

De quatro em quatro anos, o mundo para por 30 dias para acompanhar o maior evento esportivo do planeta. A Copa do Mundo no Catar será a 22ª edição e a que contou com maior investimento de todos os tempos: US$ 229 bilhões, o equivalente a R$ 1,21 trilhão na cotação atual. 

No que se refere a investimentos, a Copa do Mundo também chegou ao mercado financeiro brasileiro. O TradeMap montou uma seleção com algumas das melhores empresas da B3 e que, com suas características, se encaixam em cada uma das posições em campo.

As companhias menos voláteis e mais previsíveis representam a exigida consistência da fase defensiva do time. 

Desde o goleiro até os laterais, as empresas escolhidas pelos analistas CNPI do TradeMap Jader Lazarini e Sergio Castro contam com grande responsabilidade, onde um erro pode colocar em xeque a partida. 

O goleiro deve ser sólido, os zagueiros devem demonstrar segurança e, com maior flexibilidade, podem se aventurar à frente. Já os laterais podem ser agressivos no ataque, contribuindo com as demais fases – há a preocupação, entretanto, para os descuidos, a chamada “bola nas costas”. 

No meio de campo, os volantes são os “cães de guarda” para manter a segurança, fazendo a transição para o ataque. O camisa 10, o craque do time, é aquele que sabe distribuir o jogo com bons dividendos e quando está mal, o time costuma não render muito. 

No ataque, as escolhidas são aquelas que têm o poder de ganhar o jogo por conta da qualidade técnica, com o rápido crescimento pelas pontas e pela experiência e entrega de resultados na figura do centroavante. 

A seleção da Bolsa na Copa do Mundo

O goleiro é a Taesa (TAEE11), que faz jus à confiabilidade e segurança. A empresa faz parte do setor de transmissão de energia, que aufere receita com base na disponibilidade das linhas, e não do volume transmitido em si. Isso traz grande previsibilidade, uma vez que a Taesa mantém mais de 99% das linhas disponíveis. 

Na lateral-direita, a maior estatal do país: Petrobras (PETR4). A companhia faz parte da fase defensiva do time, já que atualmente um dos trunfos da operação é sua eficiência. Porém, também se aventura no ataque, distribuindo assistências e dividendos. Há um receio com a “bola nas costas”, que seria uma mudança na precificação dos combustíveis.

Já na lateral-esquerda, um jogador que apoia o ataque e tem crescido nos últimos anos. A Engie (EGIE3) tem elevado seus lucros em mais de 14% por ano nos últimos cinco anos e, mesmo assim, mantém uma alta média de payout – a parcela dos lucros que é distribuída aos acionistas em dividendos. Em 2021, por exemplo, a empresa distribuiu 100% de seu lucro aos investidores. 

O zagueiro mais experiente é a Eletrobras (ELET3), fundada há 60 anos. A empresa, até o fim do ano passado, era responsável pela geração de 28% de toda a energia do Brasil. Agora, privatizada, a companhia procura ter maior flexibilidade para investir em capacidade produtiva e acompanhar a nova geração de companhias do setor. 

A segunda zagueira da Seleção TradeMap é a Vivo (VIVT3), controlada pela Telefônica. A empresa passou pela crise econômica de 2015 e 2016 com solidez de seus resultados e mantém um dividend yield (o quanto os dividendos pagos representam em retorno aos acionistas) atrativo. Hoje, o setor é considerado como “essencial” para a população, tanto que foi estipulado um teto de 18% para a cobrança do ICMS. 

Selando a defesa no meio campo, o Banco do Brasil (BBAS3) aparece como 1º volante. Em uma posição crucial para o time, onde não há espaços para erros, o BB tem uma carteira de crédito crescente com poucos riscos. O “feijão com arroz” é muito bem feito com o melhor índice de eficiência entre os bancões. 

A transição para a fase ofensiva é feita pelo Assaí (ASAI3). Após a cisão do Pão de Açúcar, a empresa entrou na Bolsa em março de 2021 e é amplamente recomendada por analistas do mercado. Ainda que com margens apertadas, o varejo alimentar é essencial para a população e a empresa não quer parar por aí, visto seu planejamento de abertura de lojas.

O craque do time fica materializado na Vale (VALE3), que é a empresa mais valiosa da Bolsa brasileira, com cerca de R$ 380 bilhões. A empresa vende o minério de maior qualidade do mundo e nos últimos anos passou a dar maior atenção ao segmento de metais básicos, que inclui níquel e cobre. Há a expectativa de destravamento de valor com a venda de parte de suas operações em níquel. 

Na ponta esquerda, uma das revelações do ano, com ações que se valorizaram em 66% neste ano: a Cury (CURY3). A velocidade característica do seu modelo de “asset light” (com uma estrutura leve) permite maior foco nas atividades principais e reduz custos e despesas, já que não possui muitos ativos. A frequência de crescimento também chama atenção dos investidores. 

Para abastecer o ataque, do outro lado, a Movida (MOVI3) acelera com a compra de veículos novos e ótima rentabilidade sobre capital investido. A despeito dos resultados ruins no terceiro trimestre, a companhia se mantém no páreo com a nova Localiza.

Na posição de centroavante, uma empresa que tem a expertise tradicional de um goleador, que erra poucos gols e que está em constante evolução: a WEG (WEGE3). Com mais de 60 anos de história, a empresa continuadamente tem gerado valor aos acionistas, representando um caso de crescimento com investimentos diversificados geograficamente. É uma boa característica do artilheiro do time, que não pode perder gols numa Copa do Mundo.

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