Renda fixa e renda variável: um guia prático

Fonte: Shutterstock/TaniaKitura

Em um mundo financeiro repleto de opções e possibilidades, entender as diferenças entre renda fixa e renda variável é fundamental para qualquer investidor. 

Neste guia prático exploraremos em detalhes esses dois tipos de investimento, fornecendo insights para ajudá-lo a tomar decisões informadas e alinhadas com seus objetivos financeiros. Confira a seguir!

Renda fixa e renda variável: um guia prático

Em termos gerais, a renda fixa consiste em investimentos em títulos públicos e privados. Nesse tipo de investimento, você essencialmente “empresta” dinheiro ao emissor do título, que pode ser uma empresa, um banco ou o governo

Na renda fixa, as condições como valor aplicado, juros, taxas, prazos e índices de referência são apresentadas desde o início. Normalmente, os indicadores de referência incluem a Selic, o CDI e a TR.

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Por outro lado, na renda variável, não é possível prever o retorno do investimento. Portanto, é preciso ter cautela ao investir nesse tipo de mercado. 

Conhecer seu perfil de investidor é essencial para evitar grandes perdas. Na renda variável, os ganhos podem superar as expectativas, mas também há o risco de decepção, por causa da imprevisibilidade dos retornos em razão da volatilidade dos ativos

A renda variável é altamente influenciada pelas condições do mercado, sendo as ações o investimento mais comum, no qual os investidores adquirem participação nas empresas.

No mercado financeiro, a renda variável é atrativa em virtude da relação entre risco e retorno quanto maior o risco, maior o potencial de ganhos, mas também maiores são os riscos de perdas.

Fundamentos e diferenças da renda fixa e renda variável

Antes de explorar os fundamentos e diferenças entre renda fixa e renda variável, é importante ressaltar que é possível investir em ambas ao mesmo tempo, criando assim uma carteira diversificada.

O caminho mais apropriado para isso é conhecer o seu perfil de investidor. Existem três pilares que devem ser levados em conta para que você encontre o seu perfil, sendo eles: rentabilidade e risco, indicador de rendimento e segurança. Vamos entender um pouco mais:

  • Rentabilidade e risco

    Na renda fixa, a rentabilidade do ativo é previamente estabelecida. A previsibilidade do retorno é uma das principais diferenças entre a renda fixa e a renda variável. 

Na renda variável, fatores externos influenciam diretamente esse ativo, como o cenário político, a economia do país e as taxas de juros. Assim, além da previsibilidade, o risco também é uma das principais diferenças entre os dois tipos de investimento. 

Vale lembrar que, mesmo a renda fixa sendo um ativo mais seguro, isso não garante que não exista risco. O risco está presente em qualquer tipo de investimento, mesmo que seja em menor escala.

  • Indicador de rendimento

Por serem baseados em indicadores como Selic, IPCA, CDI e IGPM, as taxas dos títulos de renda fixa sofrem variações diariamente até que a data do vencimento chegue. 

Essa variação se chama “marcação a mercado”, em que os ganhos e as perdas só serão colocados em prática caso o investidor decida vender ou resgatar os ativos antes do prazo combinado.

Porém, se o prazo for cumprido corretamente, o investidor vai receber a remuneração que foi acordada lá no início. Ou seja, na prática as oscilações ao longo do período não têm impacto direto no investimento. 

Quanto à renda variável, o investimento é impactado diretamente por flutuações menos específicas e esperadas. Uma alteração na economia do país, por exemplo, já é o bastante para valorizar ou desvalorizar um ativo.

  • Segurança

Na renda fixa, existe o FGC (Fundo Garantidor de Créditos), que garante o pagamento do ativo caso o emissor venha a abrir falência, até o teto de R$ 250 mil. 

Esse fundo traz segurança para o investidor. Por outro lado, mesmo com a possibilidade de maiores rendimentos, não há garantias. Quanto maior a possibilidade de ganhos, maior será o risco. 

Investidores arrojados abrem mão da segurança pela possibilidade de ter rendimentos maiores em ativos de renda variável. Porém, quem está começando a investir ou preza mais pela segurança de um rendimento estável deve optar pela renda fixa.

Vantagens e desvantagens de cada uma

Ao compararmos a renda fixa e a renda variável, podemos identificar as vantagens e desvantagens de cada uma delas. Com ambas, há possibilidade de fazer o seu dinheiro render a médio e longo prazos.

As principais vantagens da renda fixa são: 

  • Regulamentação e fiscalização
  • Acessibilidade
  • Diversificação automática
  • Liquidez e facilidade de resgate
  • Rentabilidade previsível
  • Segurança 
  • Baixo risco

Já as principais vantagens da renda variável são: 

  • Maiores possibilidades
  • Facilidade na hora de investir
  • Maior rentabilidade 
  • Maior leque de oportunidades

Tão importante quanto conhecer as vantagens é também saber quais são as desvantagens para estar preparado para lidar com elas. Veja mais!

Desvantagens da renda fixa:

  • Possibilidade reduzida em ganhos expressivos, principalmente a curto prazo.
  • É necessário ter conhecimento para entender como funcionam os ativos de renda fixa.
  • Pode ser que os valores para iniciar sejam muito altos.

Desvantagens da renda variável:

  • Maior exposição ao risco.
  • Volatilidade.
  • Maior complexidade.
  • Custos com tributos e tarifas.

Estratégias de investimento em renda fixa

Cada ativo em renda fixa possui características únicas em termos de retorno, riscos, benefícios fiscais e prazos. Para montar sua estratégia, é muito importante considerar quais são seus objetivos financeiros, horizonte de investimentos e também o perfil de risco. 

O primeiro passo é definir seus objetivos financeiros. Dessa forma, é possível entender qual é o seu perfil de risco. Embora a renda fixa seja um ativo que oferece maior segurança, ainda sim o risco existe. 

Para que ele seja menor, é essencial pesquisar e comparar os títulos disponíveis para seu perfil, alinhados aos seus objetivos. Uma das melhores estratégias é diversificar a carteira. 

Uma carteira diversificada diminui potencialmente os riscos. Acompanhar e rebalancear o portfólio também é um fator decisivo para os investidores. Realizar ajustes garante que seus ativos estejam sempre alinhados.

Montamos um guia completo para ajudá-lo a montar a estratégia perfeita para o seu perfil de investidor. Confira!

Estratégias em investimento em renda variável

listamos quatro estratégias de investimentos em renda variável para ajudá-lo a avaliar qual delas é mais adequada ao seu perfil:

  1. Dividendos: carteira voltada à obtenção de renda passiva.
  2. Buy And Hold: estratégia de longo prazo, visando ao aumento do patrimônio ao longo do tempo.
  3. Value Investing: estratégia que exige conhecimento nas oscilações do mercado de ações, negociando ações a um preço inferior ao seu valor intrínseco.
  4. Especulação: busca por lucro em um curto prazo através de operações em ativos ou derivativos.
  5. Swing Trade: operação na bolsa de valores, realizadas em médio ou curto prazos. 

Leia também | O que é Swing Trade? Saiba mais sobre essa estratégia de renda variável!

Mantenha-se informado e atualizado!

Investir requer dedicação e preparo! Ficar por dentro do mercado financeiro e ter acesso às principais informações significa estar um passo à frente. 

Manter-se atualizado permite agir rapidamente em busca de oportunidades. Assim como um atleta de alto nível, o investidor deve permanecer focado o tempo inteiro. 

Ter as ferramentas necessárias melhora seu desempenho. Pensando nisso, a Trademap está ao seu lado trazendo sempre as notícias e atualizações do mercado financeiro! Confira aqui.

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