As ações da Petrobras (PETR4) representam um dos principais ativos do mercado de capitais brasileiro, com grande impacto e influência na economia nacional.
Entender o cenário exige uma análise de diversos fatores, desde o histórico da empresa até os eventos recentes.
Neste artigo investigaremos o desempenho recente das ações PETR4, os eventos que estão moldando seus preços e as projeções para o futuro.
Continue conosco para obter insights estratégicos sobre o mercado de ações da Petrobras e suas implicações para investidores.
Um breve resumo da empresa
Fundada em 1953 como uma estatal brasileira por Getúlio Vargas, a Petrobras é uma das maiores empresas do mercado de energia do mundo.
Especializada na exploração, produção, refino, transporte e distribuição de petróleo e gás natural, desempenha um papel fundamental na economia e tem uma posição significativa nos mercados globais de energia.
A empresa atua nas Américas, Europa, Ásia e África, com operações em diversas áreas, incluindo exploração em bacias, refinarias, termoelétricas, gasodutos, fábricas de fertilizantes, terminais e oleodutos.
Ao longo de sua história, enfrentou diversos desafios, desde oscilações nos preços do petróleo até escândalos de corrupção, mas também registrou diversos momentos de crescimento e sucesso.
Números impressionantes hoje
A Petrobras mantém uma posição robusta no mercado, com um valor de mercado impressionante de R$ 497.6 bilhões.
Seu lucro anual atinge a marca de R$ 124.6 bilhões, refletindo sua posição como uma das principais petrolíferas do mundo.
Em termos de lucro por ação, a empresa registra um valor substancial de R$ 58,02.
Além disso, distribui aos acionistas um valor significativo de R$ 7,26 por ação, o que representa cerca de 19,43% do preço do ativo.
Considerando sua sensibilidade às oscilações do Índice Bovespa, a PETR4 demonstra ser uma ação sensível, refletindo seu papel influente no mercado de ações brasileiro.
Histórico recente
A Petrobras divulgou seus resultados do quarto trimestre de 2023, revelando um panorama misto com pontos positivos e desafios a serem enfrentados.
A receita da companhia apresentou um aumento de 6,1% em relação ao trimestre anterior, mas caiu 10,2% na comparação anual. Essa queda foi influenciada principalmente pela redução do preço do petróleo no mercado internacional, que recuou 3,1% no período.
Vendas em alta:
Apesar da queda, houve aumento no volume de vendas, tanto no mercado interno quanto no externo.
As vendas de petróleo no mercado interno cresceram 13,7%, enquanto as exportações subiram 7,4%. Isso contribuiu para amenizar o impacto da queda na receita.
Custos em crescimento:
Os custos aumentaram 3,9% no quarto trimestre de 2023 em comparação ao período anterior, mas registraram uma queda de 20,1% na comparação anual. O aumento dos custos foi impulsionado por diversos fatores, como:
- Maiores participações governamentais.
- Aumento das vendas para o mercado interno e externo.
- Maior participação do gás boliviano e do GNL na composição das vendas.
Lucro com influências:
O lucro líquido no trimestre foi de US$ 6,28 bilhões, um aumento de 14,7% em relação ao trimestre anterior, mas uma queda de 24,1% na comparação anual.
A margem líquida ficou em 23,2%, um aumento de 1,7% em relação ao período anterior, mas uma queda de 4,3% na comparação anual.
É importante destacar que o lucro da empresa foi impactado por alguns fatores não recorrentes, como:
- Impairment de US$ 2,2 bilhões.
- Perdas com abandonos de áreas.
- Atualização monetária do acordo judicial com a Eletrobras.
A dívida líquida da Petrobras no período foi de US$ 44,7 bilhões, um aumento de 2,2% em relação ao trimestre anterior e de 7,7% na comparação anual.
Impacto de eventos atuais no mercado
Recentemente, a Petrobras anunciou seus resultados financeiros de 2023, registrando um lucro líquido de R$ 124,6 bilhões, o segundo maior valor da história da empresa.
No entanto, houve uma polêmica relacionada aos seus dividendos da Petrobras. A empresa decidiu não pagar dividendos extraordinários, o que resultou na perda de valor de mercado e em uma queda nas ações.
Essa decisão causou controvérsia e gerou discussões sobre a distribuição de lucros aos acionistas da empresa.
Uma das questões levantadas é o fato de a Petrobras ter decidido segurar mais de R$ 40 bilhões ao invés de distribuí-los como dividendos extraordinários aos acionistas.
Essa medida levantou dúvidas entre os investidores e pode ter contribuído para a queda brusca das ações da empresa.
No entanto, é importante dizer que essa não foi a única razão para a queda das ações. Outros fatores, como as mudanças na política de dividendos da petroleira anunciadas em julho de 2023, reduziram a distribuição de dividendos de 60% para 45% do fluxo de caixa.
As perspectivas para os investidores são mistas. A empresa apresenta pontos positivos, como um lifting cost competitivo e uma produção crescente. No entanto, existem desafios a serem considerados, como a volatilidade do mercado e a nova política de dividendos.
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