Twitter (TWTR34): fim de prazo legal permite retomar negociação com Musk e ações sobem

Twitter informou que o período para esperar Elon Musk confirmar a compra da rede social chegou ao fim nesta sexta-feira (3)

Foto: Shutterstock

As negociações para a venda do Twitter ao bilionário Elon Musk poderão prosseguir depois de encerrado um prazo legal para que as autoridades dos Estados Unidos se opusessem à operação.

Pela lei americana, as autoridades do país podem bloquear transações entre empresas quando julgarem que elas colocam em risco a concorrência em um dado setor.

Essa análise leva algum tempo e, no caso do Twitter, o prazo para que ela fosse concluída terminou ontem, sem objeções por parte do governo dos EUA à venda da companhia para Musk.

Na Bolsa de Nova York (NYSE), os papéis da rede social tinham valorização de 0,53% perto das 12h20, a US$ 40,12. Na B3, os BDRs subiam 1,23% no mesmo horário, a R$ 96,36.

Musk anunciou que pretendia comprar o Twitter em abril, pagando US$ 54,20 por ação. As negociações, no entanto, ainda estão em andamento.

O empresário se mostrou receoso em concluir a transação e chegou a suspender a oferta alegando que precisava de mais detalhes a respeito da quantidade de contas falsas existentes na rede social. Essa, inclusive, era uma das condições para a compra: que a plataforma tivesse menos de 5% de perfis falsos.

No dia 17 de maio, Musk chegou a ironizar o atual CEO da companhia, Parag Agrawal, que publicou uma série de tuítes explicando que o processo de eliminar contas fakes não era fácil.

Agrawal argumentou que menos de 5% dos usuários diários da rede social têm contas voltadas para spam. Depois disso, publicou: “Nossa estimativa é baseada em várias revisões humanas (em réplicas) de milhares de contas, com amostragem aleatória, de forma consistente ao longo do tempo, de contas que contamos como usuários diários ativos e monetizáveis. Fazemos isso a cada trimestre e fazemos isso há muitos anos”.

Musk então respondeu: “Já tentou ligar para eles?”, e posteriormente o bilionário ironizou outro tuíte do atual CEO com um emoji de cocô “💩”.

Ainda há outros entraves que precisam ser vencidos para que Musk possa comprar o Twitter – entre eles garantir a aprovação da SEC (a Comissão de Valores Mobiliários americana) ao acordo.

Relembre o caso

A negociação para compra do Twitter começou no início de abril, quando Musk se tornou um dos principais acionistas da companhia, ao adquirir 9% das ações. Na ocasião, de acordo com um documento publicado pelo Twitter na SEC (a Comissão de Valores Mobiliários americana), o bilionário comprou cerca de 73,5 milhões de papéis da companhia pelo valor de US$ 2,9 bilhões.

Posteriormente, Musk recusou um assento no conselho de administração do Twitter, mesmo depois de ter insinuado que faria mudanças na empresa após se tornar um acionista relevante.

A indicação de Musk para o conselho do Twitter foi anunciada no dia 5 de maio e seu ingresso no colegiado seria formalizado no dia 9, mas o executivo-chefe da companhia, Parag Agrawal, divulgou um comunicado dizendo que o dono da Tesla havia recusado o cargo.

Vale ressaltar que Musk sempre fez críticas públicas à rede social, chegando a afirmar no passado que o Twitter estaria prejudicando a democracia ao não aderir aos princípios de liberdade de expressão.

Depois de recusar a posição no conselho, começaram a surgir os boatos de que Musk iria comprar a empresa. Segundo uma notícia da Reuters do dia 25 de abril, o Twitter fecharia a venda por cerca de US$ 43 bilhões em dinheiro. Na mesma data, o jornal americano The Wall Street Journal informou que a rede social e o dono da Tesla haviam se reunido para discutir uma proposta e que o valor teria chegado a US$ 46,5 bilhões.

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Tudo calculado: Por que Elon Musk comprou o Twitter, afinal?

O dono da Tesla confirmou depois a operação de compra, por cerca de US$ 44 bilhões. Pelos termos acordados, Musk fecharia o capital do Twitter, que tem ações negociadas em Bolsa desde o fim de 2013.

Quase 20 dias depois de anunciar a aquisição, contudo, Musk afirmou em 13 de maio que o acordo para a compra estava temporariamente suspenso, e de lá para cá tem feito comentários sugerindo que pode reduzir a oferta inicial feita pela companhia.

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