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WEG (WEGE3) tem 4º trimestre dentro da expectativa e abre 2023 com manutenção de histórico

O ROIC caminhou para normalização e terminou 2022 em 29,4%, ante 30,5% em 2021

Foto: Shutterstock/T. Schneider

A WEG (WEGE3) apresentou, na manhã desta quarta-feira (15), seu resultado do quarto trimestre do ano passado. Sem muitas surpresas, a fabricante de tintas industriais e motores elétricos confirmou o bom histórico de execução, mesmo com a cotação do dólar em baixa.

A companhia registrou um lucro líquido de R$ 1,19 bilhão no período, alta de 36,5% na comparação com o mesmo período de 2021. No acumulado do ano, a WEG lucrou R$ 4,2 bilhão, avanço de 17,3%.

Nos últimos cinco anos, o CAGR (taxa de crescimento anual composto) de lucros da WEG é de 28,3%, patamar que a empresa tem mantido ao longo dos últimos trimestres, atingido, assim, as expectativas dos investidores.

No quarto trimestre do ano passado, a empresa obteve uma margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação), que demonstra a eficiência operacional do negócio. A taxa ficou em 19,5%, o que representou um avanço de 2,3 pontos percentuais (p.p.) em 12 meses.

No ano, a margem terminou em 18,8%, 1,1 p.p. menor que em 2021, mas ainda em nível saudável.

Como era de se esperar, o ROIC (Retorno sobre Capital Investido) da WEG caminhou para certa normalização e terminou 2022 em 29,4%, ante 30,5% em 2021. O patamar de rentabilidade ainda é muito superior ao custo de capital, e, com isso, gera efetivamente valor aos acionistas.

O que achamos

Os resultados da WEG ficaram dentro das expectativas de analistas ouvidos pela Refinitiv – o que é bom sinal, dado que as projeções para a empresa são de crescimento acelerado contínuo há anos.

O desempenho da companhia foi bom em volume de vendas de equipamentos eletroeletrônicos industriais (EEI), a despeito das incertezas com a economia global. A atividade corresponde a 48,5% da receita da WEG, com maior contribuição do mercado externo.

Os negócios fora do Brasil também contribuíram para o crescimento de geração, transmissão e distribuição de energia (GTD). Enquanto o mercado interno praticamente não saiu do lugar em faturamento, internacionalmente o avanço foi 28,3% no trimestre. 

Um dos grandes impulsionadores do resultado da empresa é a estabilização do preço das commodities, como aço e cobre, que fazem parte de sua estrutura de custos. 

Utilizados os estoques adquiridos em altos preços ao longo de 2022, o CPV da empresa praticamente não saiu do lugar em comparação ao terceiro trimestre, embora tenha crescido 17,6% em um ano.

O fluxo de caixa livre (FCL), resultado da subtração do fluxo de caixa de investimentos do fluxo de caixa operacional, e que representa o dinheiro que efetivamente sobra da operação, somou R$ 1,63 bilhão. 

No terceiro trimestre do ano passado, o FCL foi de R$ 316,9 milhões. No quarto trimestre de 2021, somou R$ 255,5 milhões. 

Como as ações da WEG devem reagir

Os resultados da companhia podem ser lidos positivamente, dados os desafios correntes em 2022, que se transportam também para 2023, como custos de produção na Europa e dinâmica inflacionária nos Estados Unidos.

Assim, as ações da WEG podem ter uma reação positiva no pregão de hoje. Contudo, os investidores podem se mostrar receosos pelo fato de a companhia não mais bater as expectativas de mercado com folga como outrora fazia. Até ontem, as ações da empresa subiam 0,6% em 2023. 

*O Pré-Trade é publicado diariamente pela Agência TradeMap, sempre antes da abertura da Bolsa, e se propõe a indicar como investidores podem reagir no pregão em reação a alguma notícia ou fato novo que tenha relação com uma ação específica em sua carteira. O conteúdo se destina a fins informativos e não deve ser interpretado como nenhum tipo de recomendação de investimentos.

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