Oi (OIBR3) vende ativos e se aproxima do fim da recuperação judicial

A Oi (OIBR3) informou, na noite da quarta-feira (7), que realizou mais uma venda de ativos, em continuidade ao seu processo de recuperação judicial. De acordo com a empresa, a SPE Torre 2 foi vendida por R$ 1,69 bilhão.

A compradora foi a NK 108, ligada à Highline do Brasil II, que pagará R$ 1,69 bilhão, a depender de ajustes de preço.

Segundo a Oi, R$ 1,08 bilhão serão pagos na data do fechamento do contrato, enquanto o restante, até 2026.

A NK 108 venceu o processo competitivo para a compra dos ativos da tele, em procedimento realizado no fim de agosto deste ano. O passo faz parte da recuperação judicial da companhia, que tramita no Rio de Janeiro.

Como de praxe, o negócio passará pelo crivo do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) também dará seu parecer.

O que achamos?

O mercado já tinha conhecimento sobre a vitória da NK 108 no processo competitivo, finalizado em 22 de agosto. Agora, a venda foi finalizada, e o caixa da companhia deve ser abastecido em mais de R$ 1 bilhão.

Os valores acertados entre as partes ainda estão sujeitos a alteração de acordo com a quantidade futura de itens de infraestrutura a serem utilizados, que poderão ser refletidos no contrato de compra e venda da SPE Torres 2.

A Oi caminha para o fim da recuperação judicial, após cumprir praticamente a totalidade das obrigações do processo homologado pela 7ª Vara empresarial do Rio de Janeiro, em outubro de 2020.

O processo foi iniciado em 2016, quando a operadora possuía R$ 65,4 bilhões em dívidas. 

A empresa encerrou o terceiro trimestre deste ano com endividamento bruto de R$ 21,9 bilhões. Do total, 95% é de longo prazo, o que traz alívio à companhia para que novos desinvestimentos sejam realizados e a Oi se torne mais eficiente operacionalmente. 

Como as ações da Oi devem reagir?

Em razão do conhecimento prévio do negócio, o anúncio deve ter impacto neutro às ações da Oi. Entretanto, representa mais um passo positivo para o fim da recuperação judicial, que é a maior da história do Brasil.