Ibovespa sobe 0,27% na 2ª; privatizações e inflação seguem no radar dos investidores

Em um dia de forte volatilidade, o Ibovespa, principal índice da B3, fechou em leve alta de 0,27% na segunda-feira, 27, aos 113.282,67 pontos, com o mercado acompanhando o desenrolar do exterior. 

A dívida da Evergrande, na China, segue no radar dos investidores, além das falas de representantes de bancos centrais de economias mais desenvolvidas, em meio à expectativa de mudanças de políticas monetárias.  

No exterior, as bolsas americanas fecharam de forma mista. Do lado positivo, o Dow Jones avançou 0,21%, aos 34.869 pontos. Já o S&P 500 recuou 0,28%, aos 4.443 pontos, acompanhado pelo Nasdaq, que caiu 0,52%, a 14.969 pontos. 

Internamente, as atenções se voltaram para os papéis da Petrobras (PETR4), após o presidente Jair Bolsonaro se reunir com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para discutir eventuais mudanças nos preços de combustíveis.

Logo na sequência, a própria companhia anunciou uma coletiva para comentar a questão.  

O presidente da petroleira, Joaquim Silva e Luna, negou qualquer possibilidade de mudança na política de preços da estatal, que utiliza a paridade em relação ao valor do petróleo tipo Brent no mercado internacional. 

Na última sessão, os papéis da estatal registraram alta. Enquanto suas ações ordinárias (PETR3) subiram 1,38%, negociadas a R$ 27,94, os ativos preferenciais avançaram 1,04%, cotados a R$ 27,18. 

O foco do mercado também se voltou para declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, que disse ter visto avanço na reforma administrativa, aprovada em comissão especial na Câmara dos Deputados, apesar de o texto ter sido desidratado.  

Em declarações durante evento no International Chamber of Commerce (ICC), Guedes também afirmou que continua firme com seu plano de privatizações, sinalizando que a Petrobras e o Banco do Brasil estariam na fila.  

Ainda na cena local, investidores devem seguir de olho na alta da inflação após a divulgação do Boletim Focus, que mostrou nova elevação nas medianas das perspectivas do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). 

Para este ano, a previsão subiu de 8,35% para 8,45%. Para 2022, a projeção cresceu de 4,10% para 4,12%. 

Agenda Econômica 

Para esta terça-feira, 28, os investidores deverão ficar atentos à divulgação da ata referente à última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, quando a taxa Selic foi elevada de 5,25% para 6,25% ao ano. 

Além disso, serão anunciados dados de criação de vagas no mercado de trabalho em agosto pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). 

No mercado externo, as atenções recaem sobre a divulgação de indicadores americanos de Confiança do Consumidor e de Sondagem Industrial de Richmond.