Juros futuros recuam após Fed indicar afrouxamento do aperto monetário

O Ibovespa abriu no campo positivo e os juros futuros recuam nesta quinta-feira (24), com o mercado reagindo aos sinais de desaceleração na alta dos juros americanos pelo Federal Reserve, conforme ata da última reunião do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) divulgada ontem.

Por volta das 10h15, o principal índice da Bolsa brasileira subia 0,78%, aos 109.694 pontos.

Os contratos DI com vencimento em janeiro de 2024 eram negociados com queda de 17 pontos-base, a 14,40%, enquanto os com vencimento em janeiro de 2026 caíam 25 pontos-base, a 13,58%, segundo dados da plataforma TradeMap. No mesmo horário, o dólar recuava 0,66%, a R$ 5,33.

O mercado continua acompanhando as negociações para a apresentação da PEC da Transição, que deve ocorrer apenas na próxima semana, segundo o governo eleito. A previsão era a de que documento fosse protocolado na quarta (23). Até lá, o governo deve continuar as tentativas para abrir exceções no teto de gastos e fazer comportar os custos bilionários do pagamento de programas sociais.

A indefinição do cenário fiscal levou ontem a uma forte alta dos juros futuros, com o mercado precificando também a contestação das eleições pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro.

Ontem, o presidente Alexandre de Moraes, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), indeferiu o pedido e aplicou multa de R$ 22,9 milhões à legenda por litigância de má-fé.

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Nos Estados Unidos, em dia de baixo volume de negociações devido ao feriado de Ação de Graça, investidores focam as atenções no cenário local com o avanço de 0,53% da prévia da inflação de novembro, levemente abaixo dos 0,56% estimados pelos analistas ouvidos pela Reuters. 

A autoridade americana sinalizou ontem que vai suavizar a mão no aumento dos juros a partir da reunião. No início deste mês, o Fed elevou o juro em 0,75 ponto percentual, para a faixa entre 3,75% e 4% ao ano. Foi o quarto aumento consecutivo e sempre na mesma magnitude.

O próximo encontro do Fed ocorre em 13 e 14 de dezembro e será o último do ano. Os agentes do mercado financeiro estão agora mais confiantes em uma elevação dos juros de 0,5 ponto percentual. O otimismo é reforçado por dados da inflação em outubro ao consumidor e produtor americano virem melhores do que o esperado,