Juros futuros operam “de lado”, com indefinições na Fazenda e PEC da Transição

Os contratos de juros futuros operam próximos da estabilidade nesta sexta-feira (25), com o mercado à espera de definições na nomeação da equipe econômica do futuro governo e dos trâmites para a apresentação da PEC da Transição.

O clima de cautela acompanha os índices futuros americanos, que operam quase no zero a zero, em um dia de liquidez reduzida, com os mercados por lá fechando às 15h (horário de Brasília), diante do feriado de Ação de Graças.

Por volta das 9h40, os contratos DI com vencimento em janeiro de 2024 eram negociados com queda de 1 ponto, a 14,25%, enquanto os com vencimento em janeiro de 2026 tinham baixa de 3 pontos, a 13,39%, segundo dados do TradeMap. No mesmo horário, o dólar tinha leve alta de 0,17%, para R$ 5,32.

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Nesta sexta, o ex-ministro Fernando Haddad vai representar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um almoço com banqueiros, que também terá a participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

A presença de Haddad aumentou as apostas de indicação do seu nome para comandar o Ministério da Fazenda. A conhecida resistência do mercado financeiro, contudo, foi atenuada ontem em meio à possibilidade de Pérsio Arida, um dos “pais” do plano Real, também assumir uma posição estratégica na equipe econômica.

PEC da Transição

O mercado ainda segue à espera da apresentação da PEC da Transição, que deve ocorrer apenas na próxima semana. Membros da equipe de transição se encontrarão com Lula hoje para debater os pontos do texto, que deve permitir exceções ao teto de gastos para o custeio do Bolsa Família ampliado e a reformulação do Orçamento para viabilizar programas considerados essenciais, como o Farmácia Popular.

As indefinições com os rumos da política fiscal no próximo governo têm gerado forte estresse no mercado nos últimos dias. Na quarta-feira (23), os juros bateram níveis não vistos desde 2016, com a preocupação de expansão da dívida pública no novo governo.