Haddad na Febraban e Lula discute PEC – veja o que importa hoje

Nos Estados Unidos, mercados fecham a partir das 15h por causa do feriado de Ação de Graças

Foto: Shutterstock/Travis Wolfe

Em mais um dia de liquidez internacional pelo feriado de Ação de Graças nos EUA, que fecha as bolsas por lá a partir das 15h, as atenções se voltam nesta sexta (25) para as sinalizações do novo governo de qual será o próximo ministro da Fazenda e na tramitação da PEC da Transição.

Ex-prefeito de São Paulo e cotado para a pasta a contragosto do mercado, Fernando Haddad foi escalado pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, para representá-lo hoje no almoço anual da Febraban (Federação Brasileira de Bancos). Ontem, informações de que Haddad poderia compor uma dobradinha com Persio Arida no comando da economia animaram o dólar e o Ibovespa.

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A participação do ex-prefeito no encontro, que terá a participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e de todos os principais CEOs de instituições financeiras está sendo encarada como uma espécie de teste de Lula, que avaliará como Haddad se sai na interlocução com os grandes bancos. Campos Neto fala às 12h30 no evento.

Lula discute PEC

Com o prazo para apresentação da PEC se esgotando, os investidores acompanham ainda um encontro em São Paulo entre Lula e um grupo da equipe de transição sobre a proposta de emenda à Constituição que abrirá espaço para gastos com o Bolsa Família ampliado e reformulação do Orçamento para viabilizar programas considerados essenciais, como o Farmácia Popular.

Em um cenário de críticas ao impasse na negociação do texto com o Congresso, a expectativa é que a reunião ajude a desembaraçar o texto. Participam do encontro o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o senador Jaques Wagner (PT-BA) e o senador Wellington Dias (PT-PI).

Por que isso importa?

Quando o risco de descontrole das contas públicas de um país se eleva, investidores passam a pedir taxas de juros maiores lá na frente para comprar seus títulos públicos – ou, de forma mais simples, para emprestar dinheiro ao governo. Isso tende a reduzir o valor das ações de empresas negociadas em Bolsa e a desvalorizar o real. 

Futuros americanos e China

Na manhã desta sexta, em que as bolsas à vista dos EUA funcionam somente até 15h por causa do feriado, os índices futuros do país operam praticamente estáveis.

Os mercados americanos vêm mostrando otimismo com a ata do Fomc, o comitê de política monetária do Fed, que sinalizou nesta quarta que vai começar a reduzir o ritmo de aumento dos juros a partir da reunião de dezembro.

Outro ponto de atenção monitorado pelo mercado é o aumento de casos de Covid na China, que vem levando ao endurecimento das restrições à circulação na segunda maior economia do mundo.

Por volta das 8h25, os futuros americanos operavam em leve alta: o Dow Jones subia 0,20%, o S&P 500 avançava 0,19% e o Nasdaq ganhava 0,03%. O índice europeu Euro Stoxx 50 era negociado em alta de 0,11%.

 

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