Ibovespa avança com Petrobras (PETR4) em foco e tensão Brasil–EUA no radar

Fonte: Shutterstock/Vintage Tone

O Ibovespa fechou a segunda-feira (18) em alta de 0,72%, aos 137.322 pontos, em um pregão marcado por movimentações corporativas e desdobramentos políticos internacionais, incluindo a reunião Trump–Zelensky, às discussões sobre possíveis investimentos da Petrobras na Raízen, além das declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em meio à crescente tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos.

A Petrobras (PETR4) subiu 0,63% nesta segunda-feira (18), após anunciar a assinatura do contrato de R$ 3,2 bilhões com a OceanPact para o afretamento de quatro navios de apoio marítimo por quatro anos, destinados a operações submarinas de inspeção e manutenção. Além disso, avalia expandir a produção do FPSO Almirante Tamandaré, no Campo de Búzios, de 225 mil para até 250 mil barris por dia, após a unidade atingir a capacidade máxima três meses antes do previsto. O campo registrou ainda recorde de produção, alcançando 910,5 mil barris por dia em 17 de agosto. A estatal também estuda ampliar a produção do FPSO Duque de Caxias.

No setor de energia renovável, a Petrobras avalia uma entrada estratégica na Raízen (RAIZ4), joint venture da Cosan com a Shell, como parte de seu retorno ao mercado de etanol. A possibilidade de parceria impulsionou forte valorização das ações: Raízen subiu 10,58% e Cosan (CSAN3) avançou 5,29%, liderando as altas do Ibovespa.

Já a Prio (PRIO3) registrou queda de 3,14%, após a ANP interditar o FPSO Peregrino por falhas em gestão de risco e no sistema de dilúvio. A paralisação pode durar de três a seis semanas e gerar impacto estimado de até US$ 262 milhões no caixa da companhia.

No cenário político e econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou que os EUA adotaram postura de “má vontade” nas negociações sobre tarifas contra o Brasil. Segundo ele, Washington impôs condições consideradas “inexequíveis”, o que travou o diálogo, apesar da disposição brasileira em negociar. Haddad, contudo, destacou avanços nas tratativas do acordo Mercosul–União Europeia, que pode ser assinado até 2026.

Nos indicadores, o IBC-Br recuou 0,10% em junho, contrariando as expectativas de alta. Na comparação anual, porém, houve avanço de 3,2%, e no acumulado em 12 meses, crescimento de 3,9%. O dado reforça a desaceleração recente após meses de volatilidade, mas mantém trajetória positiva frente ao PIB oficial, que cresceu 1,4% no primeiro trimestre.


As listas das maiores altas e baixas da carteira do Ibovespa ficaram assim:


Altas

• Raízen (RAIZ4): +10,58%

• Cosan (CSAN3): +5,29%

• Auren (AURE3): +4,72%

• CSN (CSNA3): +4,58%

• Magalu (MGLU3): +4,38%


Baixas

• Prio (PRIO3): -3,14%

• Natura (NATU3): -3,06%

• Cyrela (CYRE3): -1,59%

• Suzano (SUZB3): -1,37%

• Direcional (DIRR3): -0,98%


EUA

Os principais índices de Nova York encerraram o dia sem direção única:

• Dow Jones: -0,08%

• Nasdaq: +0,03%

• S&P 500: -0,01%


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