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Ibovespa cai devido cenário externo

A Bolsa de Valores de São Paulo volta a encarar uma forte queda durante o pregão de hoje, 14. Acontece que os investidores estão preocupados quanto ao viés externo negativo, como o efeito da guerra comercial entre a China e os Estados Unidos. Ontem, o país norte-americano recuou em relação a aplicação de taxas em alguns produtos chineses e adiou para o final de ano. No entanto, isso não foi capaz de manter a estabilidade do mercado acionário no Brasil.

Para Wilbur Ross, secretário de Comércio dos EUA, não houve concessões da China para motivar a decisão dos estadunidenses em adiar a tarifa de 10% sobre alguns produtos chineses até dezembro.

Cotação do Ibovespa pelo TradeMap

De acordo com publicação da Reuters Brasil, dados da China e Alemanha “trouxeram apreensão sobre o efeito do embate comercial na atividade mundial”. A produção industrial do país asiático desacelerou em julho, alcançando 4,8% ante expectativas de 5,9%, e atingiu a mínima em mais de 17 anos. Já o PIB alemão encolheu no segundo trimestre, contração de 0,1 pontos percentuais.

Além do mais, também existem repercussões sobre os resultados trimestrais das companhias brasileiras na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão). A Kroton teve queda de 44,2% em relação ao 2T18, o que fez com que os papéis da companhia despencassem e lideram as maiores baixas do Índice Ibovespa. Às 15h, o IBOV caía 2,84%, ante ganhos de 1,36% no pregão de ontem. Você ver mais sobre os resultados trimestrais clicando aqui.

Segundo o portal de notícias InfoMoney, os investidores temem uma recessão dos Estados Unidos, já que a curva de juros inverteu e isso é fator preocupante para o mercado. Os títulos do Tesouro de 10 anos passaram a ser negociados abaixo dos juros das Treasuries de dois anos pela primeira vez há 14 anos.

Analistas e economistas do Morgan Stanley revelaram que o crescimento global possa desacelerar para 2,8% ao ano no final de 2019, caso as tarifas divulgadas há pouco tempo entrem em vigor. No mês passado, o FMI (Fundo Monetário Internacional) disse que a expectativa era de 3,2% em 2019 e de 3,5% em 2020.

Enquanto isso, na última segunda-feira, 12, a bolsa brasileira também enfrentou fortes quedas devido resultados das prévias eleitorais na Argentina. O atual presidente do país, Maurício Macri, perdeu 15 pontos percentuais em relação à chapa partidária de Alberto Férnandez e Cristina Kirchner. E, neste meio termo, o Banco Central argentino elevou a taxa básica de juros para 74% ao ano.

Ainda hoje, Macri divulgou um pacote de subsídios sociais e diminuição de impostos a trabalhadores para aliviar o impacto econômico nas eleições presidenciais em outubro desse ano. No entanto, a medida não surgiu efeito no declínio do peso.

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