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Fundo de ações da Moat tem queda de quase 7% com tombo de ações da Americanas (AMER3)

Fundo de ações Moat Capital FIA Master tinha a maior posição em ações da Americanas (AMER3) equivalente a 8% do patrimônio

Foto: Shutterstock/Bigc Studio

O fundo de ações Moat Capital FIA Master, que tinha a maior posição em ações da Americanas (AMER3), registrou queda de 6,83% no valor da cota ontem com a queda de 77,33% do papel.

O fundo tinha 13,5% do patrimônio em papéis da Americanas em setembro. A gestora informou, por meio de nota, que o fundo reduziu a participação em papéis da Americanas para 8% do patrimônio no dia 11 de janeiro.

Desde seu início, em agosto de 2014, o fundo da Moat acumula valorização de 177,83%, contra alta de 97,56% do Ibovespa no período.

“Todas as posições dos fundos nesse ativo estão de acordo com as métricas de risco dos respectivos produtos, apesar do cenário de stress”, disse a Moat em nota.

A gestora reforçou que, como todo o mercado, foi surpreendida pela divulgação da inconsistências contábeis no balanço da Americanas, no valor de R$ 20 bilhões, e pela renúncia do CEO da empresa na quarta-feira.

“Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir e resguardar nossos direitos como acionista minoritário e em defesa dos nossos investidores”, disse a Moat em nota.

Outros fundos reportaram ontem terem exposição ao papel.

A Bradesco Asset, que em setembro tinha uma posição de R$ 49,427 milhões em papéis da Americanas, informou que a exposição atual diminuiu para R$ 45,2 milhões, representando 0,439% do total sob gestão. Os papéis estão alocados em 39 fundos de investimentos em ações, tanto de gestão ativa quanto passiva, que seguem índices de mercado.

Problema com a Americanas deve afetar fundos de crédito

A preocupação com a situação da Americanas também deve ter impacto para os fundos de crédito privado que compraram títulos de dívida emitidos pela empresa.

A Americanas tinha, em setembro, R$ 4,3 bilhões em debêntures. Alguns desses papéis possuem cláusulas – conhecidas como covenants – que permitem aos credores cobrar antecipadamente o pagamento destes papéis se a empresa ultrapassar determinado nível de endividamento.

A expectativa é de que a Americanas precise revisar para cima o nível de dívida por causa das inconsistências no balanço.

Em julho de 2022, a Americanas realizou uma emissão de debêntures no valor total de R$ 2 bilhões, com prazo de vencimento de 11 anos e taxa de 100% do CDI + 2,75% ao ano, com o objetivo de reforçar o caixa e alongar o prazo da dívida.

Segundo Rial, a maior parte da dívida da empresa vence a partir de 2025 e 92% dos compromissos estão livres de covenants, o que pode impedir a execução da dívida se os índices de cobertura forem desrespeitados.

Segundo a XP, a companhia tem R$ 8 bilhões a R$ 9 bilhões em caixa, o suficiente para cumprir com as obrigações financeiras de curto prazo, que, em setembro, somavam R$ 2,2 bilhões.

Ontem, o Banestes divulgou que onze de seus fundos tinham uma exposição somada de 10,51% em debêntures da Americanas.

O fundo com maior posição nos papéis da empresa é o Banestes FI RF Crédito Privado, que tinha 4,4664% do patrimônio em debêntures da Americanas.

Às 12h30, a ação da Americanas (AMER3) subia 19,49% para R$ 3,24.

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