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Emprego e inflação no Brasil e EUA e o que mais você precisa saber para investir bem na semana

Negociações por uma trégua na guerra entre Rússia e Ucrânia continuam no radar dos investidores

Foto: Shutterstock

A semana será cheia de indicadores importantes para a inflação e o mercado de trabalho no Brasil e nos Estados Unidos, dados que ajudarão a calibrar as expectativas para as taxas de juros e a atividade econômica nos dois países.

Por aqui, serão divulgados os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) nesta terça (29) e a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) na quinta (31), apresentando o panorama do emprego com carteira assinada e a taxa de desemprego de fevereiro.

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Taxa de desemprego foi de 11,2% em janeiro; renda volta a cair

A expectativa do mercado é que a desocupação medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) volte a apresentar leve queda. As atenções, entretanto, estarão voltadas para o comportamento da renda.

“Além da taxa de desemprego, será importante ver com a renda real [descontada a inflação] virá, já que avançou em janeiro após a tendência de queda apresentada em 2021”, afirmou em relatório a equipe de macroeconomia do Itaú Unibanco.

Na quarta (30), os investidores estarão de olho na inflação medida pelo IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado) para março. O mercado estima que o indicador pode ter alta de mais de 1,5%, o que levaria o índice a uma alta de mais de 14% em 12 meses, pressionado por commodities agrícolas e combustíveis.

Apesar disso, na noite deste domingo (27) o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reafirmou, em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, que uma taxa básica (Selic) de 12,75% é suficiente para levar a inflação à meta em 2023.

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Mais provável é que Copom só eleve Selic mais uma vez, diz Roberto Campos Neto

Como sempre, ponderou que o BC pode mudar de ideia se necessário. “Se houver impacto da guerra, podemos mudar. Mas entendemos que 12,75% seria taxa capaz de levar a inflação à meta no horizonte relevante”.

Na sexta (1º), o IBGE inicia a divulgação para fevereiro do seu trio de pesquisas de atividade com a Pesquisa Industrial Mensal.

“Estimamos uma alta de 0,8%, relativamente espalhado entre os diferentes segmentos, com a indústria manufatureira avançando 0,6% e a extrativa e mineral se expandindo 5,6%, após uma forte queda em janeiro devido a chuvas intensas em Minas Gerais, que afetaram a mineração de minério de ferro”, apontou o Itaú.

Payroll e inflação oficial nos EUA

Nos EUA, os dados mais importantes serão divulgados a partir de quinta-feira (31), quando o país informa o PCE (Índice de Preços para Despesas com Consumo Pessoal) de fevereiro. Esse é o indicador de inflação oficial acompanhado pelo Federal Reserve (o banco central americano) para tomar decisões de política monetária.

Se o índice mostrar uma alta da inflação maior do que a esperada, reforçará a chance de o Fed partir para um choque de juros –traduzindo, acelerar o passo e começar a elevar a taxa básica americana em 0,50 ponto a partir da próxima reunião.

Já na sexta sai outro indicador importante para a definição da política monetária americana: o payroll de março, que informará a criação de vagas e taxa de desemprego dos EUA neste mês.

Bolsas internacionais

As principais bolsas internacionais operam mistas na manhã desta segunda (28), com os mercados europeus mostrando mais otimismo que o americano.

Por volta das 8h, o Euro Stoxx 50 subia 1,56%, enquanto que os futuros americanos não mostraram direção única: o Dow Jones e o S&P 500 estavam quase estáveis (altas de 0,04% e 0,01%, respectivamente) e o Nasdaq recuava 0,14%.

De olho na paralisação do BC

As paralisações dos servidores do Banco Central por reajustes salariais prometem ganhar tração nesta semana.

Nesta segunda, o BC voltou a adiar a divulgação do Boletim Focus e cancelou a publicação das notas do setor externo (com informações das transações do Brasil com outros países), de crédito e política fiscal (com o resultado primário) do mês de fevereiro, que estavam marcadas para os próximos dias.

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Boletim Focus será divulgado às 10h após paralisações de servidores do BC

Segunda-feira

Às 8h, a FGV divulga a Sondagem da Construção.

Às 10h, o Banco Central divulga o Boletim Focus, com as projeções do mercado para inflação, juros, PIB e câmbio.

Terça-feira

Às 8h, a FGV divulga a Sondagem da Indústria.

Às 11h, a BLS (secretaria de estatísticas trabalhistas dos Estados Unidos) informa a criação de emprego nos EUA em fevereiro.

Às 14h30, o Tesouro Nacional divulga o Relatório da Dívida Pública de fevereiro.

Às 15h, saem os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de fevereiro, com informações sobre criação de emprego formal no país.

Quarta-feira

Às 8h, a FGV informa o IGP-M de março.

Às 8h, a FGV divulga a Sondagem de Serviços e a Sondagem do Comércio de março.

Às 9h15, sai o relatório ADP, que registra o desempenho do emprego no setor privado nos EUA.

Às 9h15, os EUA divulgam a terceira revisão do PIB americano no quarto trimestre.

Às 11h30, saem os estoques de petróleo bruto nos EUA atualizados até 25 de março.

Às 14h30, sai o resultado do Tesouro Nacional de fevereiro, com o resultado primário da União.

Quinta-feira

Às 6h, sai a taxa de desemprego da Zona do Euro.

Às 9h, o IBGE informa a taxa de desemprego em fevereiro medida pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

Às 9h30, os Estados Unidos informam o PCE (Índice de Preços para Despesas com Consumo Pessoal) de fevereiro.

Às 9h30, os EUA divulgam o número de pedidos de auxílio desemprego atualizado até 25 de março.

Sexta-feira

Às 6h, sai o CPI (índice de preços ao consumidor) da Zona do Euro em março.

Às 9h, o IBGE divulga a produção industrial de fevereiro.

Às 9h30, os EUA informam o payroll, com informações sobre a criação de vagas e a taxa de desemprego de março.

 

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