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Boletim Focus será divulgado às 10h após paralisações de servidores do BC

Sindicato dos funcionários do BC afirmou ainda que outras ocorrências poderão ser notadas nos próximos dias

O Boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central com projeções de analistas para inflação, juros, câmbio e PIB (Produto Interno Bruto), que normalmente sai às 8h25 todas as segundas-feiras, só será divulgado às 10h.

De acordo com o Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central), a mobilização dos servidores do BC, que vêm realizando operação padrão e paralisações por reajuste salarial, está relacionada com o atraso.

“As paralisações diárias de 14h às 18h no BC estão tendo adesão majoritária! Começaram no dia 17/3 e não temos data para terminar”, afirmou o sindicato em nota. “O atraso de hoje (21/3) do boletim Focus tem a ver com nossa mobilização. Outras ocorrências poderão ser notadas nos próximos dias, mas não podemos ainda antecipar”.

O BC informou que a divulgação do Focus só ocorrerá às 10h, mas não detalhou a razão para o adiamento.

O sindicato pede uma reunião com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e um envio de ofício do presidente do BC, Roberto Campos Neto, ao governo exigindo um reajuste “nos mesmos moldes do que será dado aos policiais federais e outros servidores de segurança”.

“Se as duas coisas não ocorrerem até a próxima terça, na assembleia de 22 de março, discutiremos imediatamente a seguir as propostas de greve por tempo indeterminado e da entrega das comissões na mesma data”, afirmou o Sinal em nota.

Policiais federais

A mobilização dos servidores do BC começou após o governo prometer um reajuste de R$ 1,7 bilhão somente aos policiais federais.

O governo resiste às pressões dos servidores públicos porque, para cada ponto porcentual de reajuste salarial, estima-se um gasto de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões. O presidente Jair Bolsonaro chegou a cogitar anteriormente elevação de 5% nos salários, o que geraria até R$ 20 bilhões a mais em gastos permanentes por ano, segundo cálculo do diretor-executivo da IFI (Instituição Fiscal Independente do Senado), Felipe Salto.

Os gastos com o funcionalismo público são a terceira maior despesa da União. Totalizaram R$ 346 bilhões nos últimos 12 meses terminados em novembro, de acordo com dados do Tesouro Nacional.

 

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