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BTG Pactual (BPAC11) tem lucro recorde de R$ 2,1 bilhões no primeiro trimestre; veja balanço

Segmento de crédito corporativo e PME tem recorde de receita pelo segundo período consecutivo, informou o banco

BTG: Divulgação

Dando sequência à temporada de balanços relativos ao primeiro trimestre de 2022, o BTG Pactual (BPAC11) divulgou seus resultados relativos ao período, e apresentou lucro líquido ajustado de R$ 2,1 bilhões, alta de 72% em relação ao mesmo período anterior e número recorde na história da instituição.

Em nota, o CEO do banco, Roberto Sallouti, destacou que o período serviu para mostrar uma “forte performance independentemente do cenário macro, mesmo em um ambiente desafiador”.

 A receita total do BTGo subiu 55,6% na mesma base comparativa, e atingiu R$ 4,35 bilhões.

Os números vieram acima das expectativas do Itaú BBA e do UBS-BB, que projetavam R$ 1,7 bilhão em lucros e R$ 3,75 bilhões em receitas no primeiro trimestre.

Em relatório prévio, o BBA vislumbrava que o BTG apresentaria bons resultados no primeiro trimestre a despeito de  “problemas micro que vêm afetando os bancos (crédito) ou outras plataformas de investimento (fracas taxas de retorno sobre ativos)”, que afetaram os resultados de Santander (SANB11) e XP (XPBR31).

Veja as análises:

No período, a captação líquida do BTG Pactual foi de R$ 51,9 bilhões, sendo R$ 23,6 bilhões vindos da área de asset management e R$ 28,3 bilhões, de wealth management e consumer banking. 

O montante total, contudo, representa uma queda de 31,71% em relação aos R$ 76 bilhõesregistrados no primeiro trimestre de 2021. Os ativos sob custódia, por sua vez, alcançaram R$ 1,04 trilhão, uma alta de 36% ante o mesmo intervalo de tempo. 

No segmento de investment banking, o BTG registrou receita de R$ 351 milhões nos três primeiros meses de 2022, uma queda de 27,4% na comparação com o mesmo período em 2021.  De acordo com a instituição, a retração é explicada por uma atividade mais fraca no mercado de dívida.

O resultado da área já era esperado por alguns analistas ouvidos pela Agência TradeMap na semana passada, que destacaram que o segmento deveria ser mais pressionado pelo desaquecimento do mercado, além da volatilidade do cenário eleitoral e atividades mais fracas para a emissão de dívidas.

Outros números do BTG

Já o segmento de crédito corporativo e PME (pequenas e médias empresas) atingiu uma receita de R$ 817 milhões no primeiro trimestre de 2022, um aumento de 47% na comparação anual. Segundo o BTG, o número é recorde pelo segundo trimestre consecutivo.

Em asset management, o banco registrava R$ 586 milhões em ativos sob gestão e administração, montante 30,2% maior que o de um ano antes. Em wealth management e consumer banking, os ativos somaram R$ 458 milhões no período, um avanço de 44% na mesma base de comparação.   

As despesas operacionais do banco subiram 59,38% no trimestre quando comparado ao mesmo período do ano anterior, para R$ 1,911 bilhões. O BTG atribiu o crescimento a uma maior provisão de bônus pelo desempenho operacional, mais salários e benefícios aos colaboradores e por uma maior amortização de ágio pela consolidação da Empiricus.

O ROAE (retorno ajustado sobre o patrimônio líquido) atingiu 21,5% no trimestre, o nível mais alto dos últimos seis anos.

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