Problemas que afetaram XP e Santander não devem atingir BTG (BPAC11), diz Itaú BBA

“Seus problemas não são meus”. Foi assim que a equipe de analistas do Itaú BBA iniciou seu relatório com projeções para o balanço do BTG Pactual (BPAC11), que será divulgado na próxima segunda-feira (9), antes da abertura do mercado.

Com esta afirmação, o BBA faz referência aos resultados da XP (XPBR31) e do Santander (SANB11), impactados, respectivamente, pela desaceleração do mercado de capitais e pelo aumento da inadimplência.

“Estamos confiantes que os problemas micro que vêm afetando os bancos (crédito) ou outras plataformas de investimento (fracas taxas de retorno sobre ativos) não devem se materializar para o BTG”, escrevem os analistas.

Apesar de reconhecer que o forte peso da divisão de banco de investimento, afetada pela desaceleração do mercado de capitais, deva fazer com que os resultados do BTG não sejam “brilhantes”, o BBA reitera a sua projeção de R$ 1,7 bilhão em lucro líquido no primeiro trimestre e R$ 7,4 bilhões no acumulado de 2022.

A inadimplência, outro problema que as instituições financeiras vêm enfrentando, não deve ser uma preocupação, diz o BBA, devido ao perfil de cliente do BTG, de renda mais alta, e ao mix de produtos diferenciado do banco.

Considerando que as ações estão baratas, o BBA vê um bom ponto de entrada para investir no papel, e reitera que a ação é sua favorita entre as empresas consideradas de crescimento.

O preço-alvo fixado pelos analistas é de R$ 33, o que corresponde a alta de 43% em relação ao valor do papel no fechamento de quarta-feira (4), de R$ 23,11.

Confira as estimativas do BBA para os próximos resultados do BTG.