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Santander (SANB11) começa 2022 com lucro maior, mas inadimplência também sobe; veja balanço

O Santander teve um lucro líquido gerencial de R$ 4 bilhões, um leve aumento de 1,3% na comparação com o igual período em 2021

Foto: Shutterstock

Nesta terça-feira (26), o Santander (SANB11) foi a primeira instituição financeira que faz parte do Ibovespa a divulgar o balanço dos primeiros três meses de 2022. O lucro teve forte crescimento no período em relação ao início de 2021, mas a inadimplência continuou aumentando.

No primeiro trimestre de 2022 o Santander teve um lucro líquido gerencial de R$ 4 bilhões, um leve aumento de 1,3% na comparação com igual período em 2021.

O número é um pouco menor que a expectativa do J.P. Morgan, por exemplo, que vislumbrava que o banco atingisse R$ 4,27 bilhões de lucro. Contudo, o resultado final foi melhor que a expectativa do BofA (Bank of America), que previa que a instituição visse uma diminuição de 4% na comparação anual.

Já o lucro societário do Santander ficou em R$ 3,94 bilhões entre janeiro e março deste ano, representando uma alta de 40,1% na comparação anual.

A margem financeira bruta atingiu R$ 13,93 bilhões no primeiro trimestre de 2022, representando uma alta de 3,8% em doze meses. Segundo o Santander, a boa performance se deve à margem com clientes, que cresceu 29,6% no ano, influenciada principalmente por maiores volumes e spreads.

A carteira de crédito totalizou R$ 455 bilhões ao final de março de 2022, um aumento de 7,2% no ano (ou 8,5%
desconsiderando o efeito da variação cambial). “Os segmentos de pessoa física e pequenas e médias empresas
apresentaram crescimento de 19,0% e 12,2%, respectivamente”, acrescentou o Santander.

O crescimento do crédito do Santander surpreendeu os analistas do BofA. Em relatório publicado na semana passada, o banco americano previa que o crédito desacelerasse na comparação anual refletindo limites menores para crédito consignado, uma abordagem conservadora no financiamento de veículos e a valorização do real.

O retorno sobre o patrimônio líquido excluindo o ágio do Santander alcançou 20,7% no primeiro trimestre, um avanço de 0,1 ponto percentual na base anual.

O patrimônio líquido atingiu R$ 79 bilhões em março de 2022, ou R$ 77 bilhões, desconsiderando o saldo do ágio.

Inadimplência no Santander

A expansão da carteira de crédito foi acompanhada por um crescimento da inadimplência e das despesas do banco com perdas relacionadas a empréstimos que não foram pagos – que aumentaram 45,9% no primeiro trimestre em relação a um ano antes, para R$ 4,61 bilhões.

O Santander informou que o índice de inadimplência para períodos de mais de 60 dias aumentou 0,92 ponto percentual (p.p.) na comparação entre o primeiro trimestre do ano passado e o deste ano, passando de 2,8% para 3,7%.

Já a inadimplência superior a 90 dias aumentou 0,77 p.p. no mesmo comparativo, chegando a 2,9% no final de março.

Inadimplência acima de 90 dias

Fonte: Santander

O Santander classificou os resultados como esperados “dado o cenário macroeconômico alinhado ao volume e mix da originação”, mas afirmou que a qualidade da carteira de crédito permanece em “níveis controlados”.

O banco considera que o crescimento da inadimplência está alinhado à expansão da carteira de crédito, aos tipos de financiamento que foram ofertados e ao cenário macroeconômico.

Avaliando os resultados, a Genial Investimentos diz estar “menos otimistas com o Santander do que para os demais bancões”, devido a um menor índice de cobertura para fazer frente a elevação da inadimplência e pela expectativa de crescimento de lucro modesto próximo a 5% em 2022.

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