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Powell evita endurecer ainda mais discurso contra inflação e traz alívio ao mercado

Presidente do Fed reafirmou preocupações com a inflação americana e reforçou necessidade de elevar juros acima da taxa neutra

Foto: Divulgação/ Federal Reserve

Sem grandes novidades, o depoimento do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, ao Senado nesta quarta-feira (22) trouxe alívio às bolsas americanas, que zeraram as perdas após as falas do comandante da política monetária dos Estados Unidos.

Powell reafirmou as preocupações do Fed com a inflação americana e reforçou a intenção da instituição de agir para controlar a alta de preços, a maior em quatro décadas. Afirmou ainda que o banco central dos EUA precisará elevar os juros para além da taxa neutra de juros, de 2,5% ao ano. Atualmente, a taxa básica do país está na faixa entre 1,5% e 1,75% ao ano.

A inflação em 12 meses medida pelo CPI (índice de preços ao consumidor) está em 8,6% até maio, número que levou o Fed a acelerar o ritmo de aumento de juros na última reunião. Hoje, a meta do Fed para a alta de preços é de 2%.

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O presidente do Fed ressaltou que os dados de maio reforçam que o núcleo de inflação (medida que exclui preços mais voláteis, como energia e alimentos) manteve o ritmo, e que as commodities continuam pressionando os preços.

Powell disse ainda que a demanda continua forte nos EUA, e que o PIB (Produto Interno Bruto) americano cresceu no segundo trimestre. Apesar disso, ele ressaltou que o aperto monetário deve reduzir o crescimento da atividade americana.

Bolsas melhoram após fala

Os mercados americanos, que pela manhã estavam em queda à espera de eventuais declarações de um aperto monetário maior à frente pelo presidente do Fed, passaram a subir após as declarações, que na visão do mercado não trouxeram nenhuma grande novidade.

Por volta das 12h45, o índice Dow Jones subia 0,15%, o S&P500 avançava 0,24% e o Nasdaq estava em alta de 0,48%.

No embalo dos mercados americanos, o Ibovespa reduziu as perdas, e no mesmo horário era negociado em estabilidade, a 99.693 pontos. Já o dólar subia 0,33% no mercado futuro da B3, para R$ 5,16.

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O depoimento, momento em que o comandante do Fed atualiza os senadores sobre as perspectivas para a atividade, inflação e juros, acontece uma semana após o Fomc, o comitê de política monetária americana, elevar a taxa básica dos EUA em 0,75 ponto.

A alta foi maior da que vinha sendo esperada pelo mercado, acelerando o ritmo do aperto dos juros, e levou o mercado a passar a precificar uma recessão da maior economia do mundo.

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