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Para combater inflação, Fed acelera e sobe juros dos EUA em 0,75 ponto percentual

Nova taxa está na faixa entre 1,5% e 1,75% ao ano; foi a primeira alta dessa proporção desde 1994

Foto: Shutterstock

Em meio à maior inflação em quatro décadas, com os preços subindo mais de 8% em 12 meses, o Fomc (comitê de política monetária do Federal Reserve, o banco central americano) subiu os juros dos Estados Unidos em 0,75 ponto percentual, para a faixa entre 1,5% e 1,75% ao ano. A decisão não foi unânime: a presidente do Fed de Kansas, Esther George, votou por um aumento de 0,50 ponto.

Foi a primeira vez que o Fed elevou a taxa nessa dose desde novembro de 1994, ainda durante a era de Alan Greenspan. O atual ciclo de aperto monetário começou em março deste ano, quando a taxa básica do país foi elevada em 0,25 ponto, ao intervalo de 0,25% e 0,50%, por causa das pressões inflacionárias intensificadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia.

Apesar do Fomc ter sinalizado na última reunião, em maio, que subiria os juros mais duas vezes em 0,50 ponto, dados da inflação ao consumidor no mês passado mudaram o rumo da decisão desta quarta.  O CPI (índice de preços ao consumidor dos EUA) teve alta de 1% no mês e 8,6% em 12 meses, acima do esperado pelo mercado.

Nesse cenário, apesar de até a última segunda-feira (13) a maior parte do mercado acreditar em uma alta de 0,50 ponto percentual, o jogo virou e as apostas passaram a se concentrar em 0,75 ponto.

Em relatório, pesos pesados como o JP Morgan e o Goldman Sachs revisaram suas projeções para cima, apontando as expectativas elevadas de inflação e uma reportagem do Wall Street Journal relatando uma possível mudança de postura do BC dos Estados Unidos.

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Na última segunda-feira (13), os mercados globais tombaram com o receio de que o Fed tenha que acelerar o passo na alta de juros para combater a inflação, o que poderia provocar uma recessão na economia americana.

Mais juros, menos PIB

O colegiado revisou para cima suas projeções para a inflação e juros neste ano, ao mesmo tempo em que reduziu as apostas para a alta do PIB (Produto Interno Bruto) americano em 2022.

Para os juros, a mediana aumentou de 2,8% (em março) para 3,8% no final deste ano, e para o PCE (índice de inflação acompanhado pelo Fed) de 4,3% para 5,2%.

O cenário de juros e inflação mais altos devem reduzir o PIB americano: as projeções para 2022 se reduziram para uma alta de 1,7% (contra um crescimento de 2,8% em março).

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