Taxa de desemprego cai pela 9ª vez consecutiva em novembro, a 8,1%

Desemprego do mercado de trabalho no mês retrasado veio em linha com o esperado por analistas

Foto: Shutterstock/Brenda Rocha - Blossom

Em um sinal de que o mercado de trabalho se mantinha aquecido no final do ano passado, a despeito dos juros em patamares elevados, a taxa de desemprego caiu a 8,1% em novembro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (19) pelo IBGE. O dado veio em linha com o esperado pelo mercado. Em outubro, a taxa havia sido de 8,3%.

Foi a 9ª queda consecutiva da taxa e a menor para o trimestre encerrado no mês retrasado desde 2015. O número de desempregados se reduziu a 8,7 milhões, totalizando 953 mil pessoas a menos em busca de emprego no Brasil.

Esses resultados impactaram a queda de 0,8 p.p. da taxa de informalidade, que chegou a 38,9%, a menor desde o trimestre encerrado em novembro de 2020 (38,7%)

Em nota de divulgação da pesquisa, a coordenadora da Pnad (Pesquisas por Amostra de Domicílios) do IBGE, Adriana Beringuy, afirmou que a recuperação do mercado de trabalho acontece desde 2021, atingindo primeiro os trabalhadores informais e depois o emprego com carteira assinada.

“Mais recentemente, também houve aumento nos serviços, que exercem um papel importante na recuperação da população ocupada no país”, destacou a especialista.

Leia mais:

Analistas de mercado esperam que o aumento da taxa básica de juros (Selic), em 13,75% ao ano desde agosto, comece a impactar o mercado de trabalho, reduzindo o desemprego a 8,1% no mês retrasado.

Rendimento em alta

De acordo com os dados divulgados hoje, o rendimento médio em novembro foi estimado em R$ 2.787, uma alta de 1,1% na comparação com outubro. Em relação ao trimestre encerrado em agosto, o avanço foi de 3%).

“A massa de rendimento também cresceu nas duas comparações e chegou a R$ 273 bilhões, novamente atingindo um recorde na série histórica da pesquisa”, apontou o IBGE.

De acordo com Beringuy, essa alta está relacionada à expansão no número de pessoas ocupadas e pela alta do rendimento médio real (descontada a inflação).

Compartilhe:

Mais sobre:

Leia também:

Mais lidas da semana

Uma newsletter quinzenal e gratuita que te atualiza em 5 minutos sobre as principais notícias do mercado financeiro.