A taxa de desemprego caiu para 9,8% no trimestre finalizado em maio, menor nível para este trimestre desde 2015 e um desempenho melhor que o esperado por analistas, que esperavam que o indicador ficasse pouco acima de 10%. O dado anterior, de abril, ficou em 10,5%.
Já a renda média dos trabalhadores foi de R$ 2.613, estabilidade em relação a abril e uma queda de 7,2% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta quinta-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A população desocupada, estimada em 10,6 milhões de pessoas, recuou 11,5% na comparação com abril, ou seja, 1,4 milhão de pessoas a menos.
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O que diz o IBGE
“Foi um crescimento expressivo e não isolado da população ocupada. Trata-se de um processo de recuperação das perdas que ocorreram em 2020, com gradativa recuperação ao longo de 2021. No início de 2022, houve uma certa estabilidade da população ocupada, que retoma agora sua expansão em diversas atividades econômicas”, afirmou a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, no documento de divulgação da pesquisa.
Entre os diferentes grupos de atividade, a pesquisadora destaca a alta dos ocupados no grupo administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.
“Com o retorno das aulas presenciais, está havendo um processo de recomposição da estrutura educacional, não apenas com a contratação de professores, mas também de trabalhadores ligados à prestação de serviços e infraestrutura dos estabelecimentos de ensino”, afirmou.