Os analistas do mercado financeiro subiram pela 27ª semana consecutiva a projeção para a inflação de 2021, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 8,51% para 8,59% – o que representa um avanço de 0,08 ponto percentual frente à leitura anterior.
Para 2022, a estimativa subiu em 0,03 ponto percentual, de 4,14% para 4,17%, sendo a 12ª alta seguida.
Os dados são do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 11, pelo Banco Central (BC), e que traz as previsões do mercado para os principais indicadores econômicos do país.
Vale lembrar que a meta de inflação de 2021 a ser perseguida pelo BC é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Contudo, a autarquia já deixou claro, em seu relatório trimestral de inflação, que a probabilidade de o indicador ultrapassar a meta imposta pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano é de 100%.

PIB
A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2021 foi mantida em 5,04% pela quarta semana consecutiva. Para o próximo ano, o mercado também diminuiu a expectativa de 1,57% para 1,54%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve, sobretudo, para medir a evolução da economia.
Selic
Quanto à taxa básica de juros, a Selic, os analistas mantiveram as projeções de 2021 em 8,25% ao ano pela 3ª vez seguida.
Para 2022, a projeção da taxa subiu de 8,50% para 8,75% ao ano, um aumento de 0,25 ponto percentual em uma semana.
No dia 22 de setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa em 1 ponto percentual, para 6,25% ao ano. Desde março, a autarquia vem aumentando a Selic como forma de combater a alta da inflação.
Câmbio
Em relação ao câmbio, os analistas elevaram a previsão de R$ 5,20 para R$ 5,25 para este ano. Já para 2022, o mercado manteve a estimativa do dólar em R$ 5,25.