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IPCA-15: prévia da inflação de fevereiro avança 0,99%, acima do esperado

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), a prévia da inflação oficial, avançou 0,99% em fevereiro, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (23). O indicador aponta aceleração dos preços neste mês, já que o índice havia subido 0,58% em janeiro.

O dado veio acima do esperado pelo mercado e marcou a maior alta para um mês de fevereiro desde 2016, quando o indicador subiu 1,42%. Analistas ouvidos pela agência Broadcast esperavam uma elevação de 0,87%.

No ano até agora o índice registra alta de 1,58%, e em 12 meses o avanço é de 10,76%.

De acordo com o IBGE, houve aumento em oito de nove grupos de produtos e serviços acompanhados pelo órgão. A exceção foi saúde e cuidados pessoais, com recuo de 0,02% nos preços.

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Os maiores aumentos

Os maiores impactos na prévia da inflação deste mês foram os grupos de educação; alimentação e bebidas; e transporte.

No grupo de educação, a alta foi de 5,64%, com 0,32 ponto percentual de impacto na inflação). Nele, as maiores variações positivas vieram dos reajustes praticados no ensino fundamental (+8%) e na pré-escola (+7,55%).

Em alimentação de bebidas, o avanço foi de 1,20%, com 0,25 ponto percentual de impacto no índice. Dentro desse grupo, as maiores altas foram as de tubérculos, raízes e legumes, como a cenoura (+49,31%) e a batata inglesa (+20,15%)

O grupo de transportes registrou avanço de 0,87%, com 0,19 ponto percentual de impacto. Os segmentos com os maiores altas nos preços foram os de automóveis novos (+2,64%), motocicletas (+2,19%) e automóveis usados (+2,10%).

Por que esse dado é importante?

Indicações de uma inflação maior ou menor afetam os juros futuros, e o IPCA é o indicador oficial acompanhado pelo Banco Central para as decisões de política monetária. Uma variação de preços mais expressiva do que o esperado pesa a favor de altas mais fortes na taxa básica de juro, a Selic, e vice-versa. Quando há uma inflação menor, a tendência é que seja desnecessária uma alta de juros maior à frente.

Os juros futuros, por sua vez, afetam diretamente a Bolsa, já que o cálculo do valor atual de uma empresa é feito também com base no quanto ela gerará de valor lá na frente. Essa estimativa é trazida a valor presente através de uma taxa de desconto, que em geral corresponde aos juros de longo prazo.

Além disso, uma inflação elevada como a que temos hoje tende a corroer o poder de compra da população, o que é uma má notícia em especial para empresas ligadas a consumo.

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