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Comércio cresce 0,4% em outubro, pouco acima do esperado pelo mercado

Setor apresenta terceira alta seguida; em comparação com outubro de 2021, crescimento foi de 2,7%

Foto: Shutterstock/Diego Thomazini

As vendas no comércio brasileiro cresceram 0,4% em outubro ante setembro, o terceiro mês seguido de avanço, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Na comparação com o mesmo mês de 2021, a alta foi de 2,7%. Desde janeiro, o varejo subiu 1%, enquanto em 12 meses a variação foi de 0,1%.

Os dados vieram levemente acima do esperado pelos analistas. O consenso Refinitiv projetava alta de 0,3% no mês e 2,3% em comparação a outubro do ano passado.

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas em outubro variou 0,5% frente a setembro e 0,3% contra outubro de 2021.

Este foi o segundo indicador que apresenta a resiliência da economia brasileira na entrada do último trimestre. Na semana passada, pesquisa do IBGE mostrou que a indústria doméstica cresceu 0,3% em outubro, também acima da expectativa dos analistas.

Móveis e eletros puxam alta

Das oito atividades pesquisadas pelo IBGE, cinco apresentaram crescimento. A alta foi puxada pelo setor de móveis e eletrodomésticos (2,5%).

Logo atrás aparecem equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,0%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,0%), combustíveis e lubrificantes (0,4%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,2%).

Os desempenhos negativos foram registrados em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,4%), tecidos, vestuário e calçados (-3,4%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-3,8%).

Segundo Cristiano Santos, gerente da pesquisa, a terceira alta seguida no setor reflete a antecipação das promoções tradicionalmente feitas na Black Friday, realizada na última semana de novembro. Este movimento é observado desde 2020.

“Vimos isso agora em outubro, sobretudo em móveis e eletrodomésticos e equipamentos e material para escritório. Isso tem a ver também com um certo reposicionamento dessas atividades, que tiveram crescimento bem menor depois da pandemia e adotaram outras estratégias de descontos”, explica.

Varejo ampliado

As duas atividades do varejo ampliado tiveram queda em outubro ante o mês anterior: veículo e motos, partes e peças, com -1,7%, e material de construção, com -3,5%.

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“Material de construção vem caindo nos últimos meses, pois estava num patamar alto depois da pandemia e tem tido uma certa compensação. Veículos também mostra compensação: houve um forte crescimento em agosto, devido a uma demanda reprimida por renovação de frotas nas empresas e também refletindo a trajetória de queda nos preços da gasolina”, diz Santos.

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