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Indústria cresce 0,3% em outubro e interrompe dois meses seguidos de queda

Na comparação com o mês passado, a produção industrial teve alta de 1,7%, levemente acima do esperado pelo mercado

Foto: Shutterstock/mariaccfotografia37

indústria brasileira registrou aumento de 0,3% em outubro na comparação com setembro e interrompeu dois meses seguidos de queda, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta sexta-feira (2). Analistas ouvidos pela Reuters esperavam estabilidade.

Na comparação com o mesmo mês de 2021, a produção industrial teve alta de 1,7%. No acumulado de 2022, o setor acumula queda de 0,8%, enquanto em 12 meses o tombo é de 1,4%.

Os números ainda colocam a indústria 2,1% aquém do período pré-pandemia (fevereiro de 2021) e 18,4% abaixo do recorde (maio de 2011).

Os dados vieram levemente acima do esperado pelo mercado. Analistas consultados pelo consenso Refinitiv, da Reuters, estimavam estabilidade em relação a setembro e alta de 1,6% na comparação com outubro do ano passado.

Estes foram os primeiros dados da economia brasileira do quarto trimestre, período que se espera maior desaceleração.

Na véspera, o IBGE informou que o PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre teve alta de 0,4%, abaixo do esperado pelo mercado e bastante abaixo dos 1,2% registrados no período imediatamente anterior.

Considerando os diferentes setores, os destaques foram os serviços, que respondem por 70% da atividade e que tiveram alta de 1,1%, e indústria, com crescimento de 0,8%. Já a agropecuária recuou 0,9% no período.

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Entre as grandes categorias do setor, bens intermediários e bens de consumo e não duráveis registraram avanços, com 0,7% e 0,3%, respectivamente. Já os setores produtores de bens de capital (-4,1%) e de bens de consumo duráveis (-2,7%) tiveram os resultados negativos no mês.

Apesar do resultado positivo de outubro, André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE, ressalta a predominância de quedas no segundo semestre após um início de ano positivo.

“Nos últimos cinco meses, em três oportunidades, observa-se queda na produção e com a característica de um número maior de atividades industriais no campo negativo, permanecendo longe de recuperar as perdas de um passado recente”, afirma.

Os dados do IBGE ainda mostram uma queda generalizada do setor. Dos 26 itens pesquisados, apenas sete registraram avanço em outubro. Veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,7%), máquinas e equipamentos (-9,1%) e bebidas (-9,3%) tiveram os principais impactos negativos no mês.

Na direção oposta, produtos alimentícios (4,8%) e metalurgia (4,6%) exerceram maior influência positiva, segundo os dados publicados pelo IBGE.

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