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Boletim Focus: Analistas reduzem projeções para IPCA de 2022 e 2023, mas elevam para 2024

Apesar de Banco Central ter aberto chance de mais alta na Selic, expectativas ainda são de que a taxa seja mantida em 13,75% ao ano em 2022

Foto: Shutterstock

Os analistas ouvidos semanalmente pelo Banco Central no Boletim Focus voltaram a reduzir suas projeções para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 2022 e 2023, mas elevaram as apostas para a inflação de 2024.

Com a expectativa de uma nova deflação também em setembro, os especialistas agora esperam uma alta de preços 6,40% no final deste ano (ante 6,61% na pesquisa anterior). Para 2023, as expectativas foram reduzidas de 5,27% para 5,17%, e para 2024 – ano que também vem sendo olhado pelo Banco Central para decisões de política monetária – foram aumentadas de 3,43% para 3,47%.

No início da semana passada, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra, sinalizaram que a guerra contra a inflação não está ganha, e abriram a chance de uma nova alta da Selic em setembro, na reunião da semana que vem.

Apesar disso, os especialistas mantiveram sua expectativa de que a taxa básica de juros se mantenha inalterada em 13,75% até o final deste ano. Para 2023, as expectativas foram mantidas em 11,25% ao ano, e para 2024, em 8% ao ano.

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Para alta do PIB (Produto Interno Bruto), a mediana dos analistas acredita agora em um crescimento de 2,39% neste ano (ante 2,26% na semana anterior) e de 0,50% no ano que vem (ante projeção de 0,47% na pesquisa anterior).

As projeções para câmbio neste ano e no próximo foram mantidas em R$ 5,20.

Boletim Focus 12/09

O que é a pesquisa Focus?

O Boletim Focus é uma publicação divulgada todas as segundas-feiras pelo Banco Central às 8h25, contendo um resumo das expectativas de mercado a respeito dos principais indicadores da economia brasileira, como taxa de juros básica, inflação, câmbio e juros.

O relatório apresenta resultados de uma pesquisa feita diariamente com as previsões de bancos, gestoras de recursos e corretoras, entre outros participantes do mercado, e faz parte do arcabouço da política monetária. O objetivo é monitorar a evolução das expectativas do mercado para as principais variáveis macroeconômicas, dando assim elementos ao Banco Central para decidir sobre a taxa básica da economia, a Selic.

O levantamento foi criado em 1999 como parte da transição brasileira para o regime de metas de inflação, no qual o BC se compromete a atuar para garantir que a variação de preços medida pelo IPCA esteja em linha com um objetivo pré-estabelecido.

Um dos propósitos do BC é exatamente ancorar (ou guiar) as expectativas do mercado financeiro. A razão para isso é que, quanto mais previsíveis forem as condições macroeconômicas de um país, menores tendem a ser as contrapartidas pedidas pelos investidores.

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