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Boletim Focus: analistas esperam taxa de juros maior no final de 2023

Especialistas também revisaram para cima alta de PIB deste ano

Foto: Shutterstock

Em meio à expectativa de mais inflação neste ano por causa das sanções econômicas do Ocidente à Rússia, os analistas ouvidos semanalmente no Boletim Focus revisaram para cima a expectativa para a Selic (taxa básica) no final de 2023. Agora, eles esperam juros de 8,25% ao ano para dezembro do ano que vem, ante expectativa anterior de 8% ao ano.

As apostas para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deste ano voltaram a ser revisadas para cima, com os analistas apostando em alta de 5,65% (a projeção anterior era de 5,60%) – a meta de inflação é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo.

Após a divulgação de um PIB (Produto Interno Bruto) do quarto trimestre de 2021 melhor do que o esperado, os especialistas também revisaram para cima a alta para a atividade econômica deste ano – a aposta aumentou de 0,30% para 0,42%.

A forte entrada de recursos estrangeiros no Brasil, que vem sendo impulsionada pela alta na cotação das commodities, fez os especialistas revisarem para baixo as expectativas para o câmbio neste ano. Agora, as apostas são de que o dólar terminará o ano cotado a R$ 5,40, contra R$ 5,50 da pesquisa da semana anterior.

O que é a pesquisa Focus?

O Boletim Focus é uma publicação divulgada todas as segundas-feiras pelo Banco Central às 8h25, contendo um resumo das expectativas de mercado a respeito dos principais indicadores da economia brasileira, como taxa de juros básica, inflação, câmbio e juros.

O relatório apresenta resultados de uma pesquisa feita diariamente com as previsões de bancos, gestoras de recursos e corretoras, entre outros participantes do mercado, e faz parte do arcabouço da política monetária. O objetivo é monitorar a evolução das expectativas do mercado para as principais variáveis macroeconômicas, dando assim elementos ao Banco Central para decidir sobre a taxa básica da economia, a Selic.

O levantamento foi criado em 1999 como parte da transição brasileira para o regime de metas de inflação, no qual o BC se compromete a atuar para garantir que a variação de preços medida pelo IPCA esteja em linha com um objetivo pré-estabelecido.

Um dos propósitos do BC é exatamente ancorar (ou guiar) as expectativas do mercado financeiro. A razão para isso é que, quanto mais previsíveis forem as condições macroeconômicas de um país, menores tendem a ser as contrapartidas pedidas pelos investidores.

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