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Boletim Focus: Analistas elevam projeção da Selic em 2023 para 12,50%

Analistas ouvidos semanalmente pela pesquisa também revisaram para cima projeção para o IPCA

Foto: Shutterstock/rafastockbr

Analistas ouvidos semanalmente pelo Banco Central elevaram as projeções para a inflação e juros em 2023, ao mesmo tempo em que reduziram levemente as expectativas para a alta do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano. As apostas para o câmbio foram mantidas.

De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda (16), a mediana dos especialistas esperam agora que a taxa básica de juros (Selic) encerre dezembro em 12,50% ao ano – a projeção anterior era de 12,25% ao ano.

Ou seja, os analistas acreditam que o BC demorará mais a cortar (ou cortará menos) a taxa básica – atualmente, os juros estão em 13,75% ao ano.

Na semana passada, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, enviou carta ao Ministério da Fazenda explicando as razões pelas quais a meta de inflação do ano passado não foi cumprida. No texto, ele admitiu que o objetivo de 2023, que é de alta de 3,25% da inflação (com banda de tolerância de 1,5 ponto) também pode não ser entregue.

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Os especialistas ouvidos pela pesquisa Focus ainda elevaram a projeção para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), de 5,36% para 5,39% no final de 2023, e reduziram a aposta para a alta do PIB, de 0,78% para 0,77%. A mediana das apostas para o câmbio no final deste ano foi mantida em R$ 5,28.

Na semana passada, o Haddad anunciou um pacote de medidas para reduzir o déficit primário previsto para este ano, mirando um rombo de menos de 1% do PIB (o Orçamento prevê mais de 2% de déficit).

Saiba mais:

Para 2024, as expectativas foram mantidas para todos os principais indicadores: IPCA de 3,70%, alta do PIB de 1,50%, câmbio em R$ 5,30 e Selic a 9,25% ao ano.

O que é a pesquisa Focus?

O Boletim Focus é uma publicação divulgada todas as segundas-feiras pelo Banco Central às 8h25, contendo um resumo das expectativas de mercado a respeito dos principais indicadores da economia brasileira, como taxa de juros básica, inflação, câmbio e juros.

O relatório apresenta resultados de uma pesquisa feita diariamente com as previsões de bancos, gestoras de recursos e corretoras, entre outros participantes do mercado, e faz parte do arcabouço da política monetária. O objetivo é monitorar a evolução das expectativas do mercado para as principais variáveis macroeconômicas, dando assim elementos ao Banco Central para decidir sobre a taxa básica da economia, a Selic.

O levantamento foi criado em 1999 como parte da transição brasileira para o regime de metas de inflação, no qual o BC se compromete a atuar para garantir que a variação de preços medida pelo IPCA esteja em linha com um objetivo pré-estabelecido.

Um dos propósitos do BC é exatamente ancorar (ou guiar) as expectativas do mercado financeiro. A razão para isso é que, quanto mais previsíveis forem as condições macroeconômicas de um país, menores tendem a ser as contrapartidas pedidas pelos investidores.

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