A caderneta de poupança reportou o melhor desempenho de 2021, com uma captação líquida de R$ 7,089 bilhões em junho, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira, 06, pelo Banco Central.
Refletindo a prorrogação do auxílio emergencial e a alta nos juros, este foi o terceiro mês de captação positiva. Em janeiro, fevereiro e março, foram registrados saques líquidos.
Vale destacar que nos três primeiros meses do ano, não houve pagamento das parcelas do auxílio, o que impactou diretamente os saldos.
Como a Caixa Econômica Federal deposita o benefício o em contas poupanças digitais, a retomada do pagamento foi o principal responsável pelo saldo positivo em junho.
O valor é fruto de R$ 296,384 bilhões em depósitos e resgates de R$ 289,296 bilhões.
Se considerado o rendimento de R$ 2,243 bilhões da caderneta no último mês, o saldo total das contas somou R$ 1,030 trilhão.
No acumulado do ano, houve saque líquido de R$ 16,539 bilhões, a maior retirada acumulada para o primeiro semestre desde 2016.
Apesar de ser o melhor resultado para este ano, em junho de 2020, a captação líquida foi de R$ 20,533 bilhões.
No ano passado como um todo, a captação foi de R$ 166,309 bilhões, o maior valor anual para a série histórica.
Já para o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE),a captação foi de R$ 5,233 trilhões em junho, enquanto, para o crédito rural (SBPR), foi de R$ 1,854 bilhão.
Rendimento
Com rendimento de 70% da taxa básica de juros (Selic), que hoje está em 4,25% ao ano, a poupança rendeu 1,6% nos 12 meses terminados em junho, conforme dados do BC.
Enquanto isso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação, chegou a 8,13%.
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