Na falta de nome da iniciativa privada, Alckmin vai assumir Ministério do Desenvolvimento

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), irá assumir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio a partir do dia 1º de janeiro. A nomeação do ex-governador de São Paulo foi a solução encontrada por Luiz Inácio Lula da Silva após não conseguir viabilizar um nome da iniciativa privada.

A primeira opção do presidente eleito era que Josué Gomes, presidente da Fiesp, ocupasse o cargo, mas o empresário negou, alegando o período de eleições na federação e a falta de finalização na sucessão na empresa da família, a Coteminas.

No fim desta manhã, Lula recebeu das mãos de Alckmin o documento sobre o balanço da transição e também anunciou ao todo o nome de 16 ministros. Cinco já haviam sido anunciados. Para a semana que vem, outros 13 nomes devem se tornar públicos.

“Eu acho que é a primeira vez que um presidente da República é eleito e começa a governar antes da posse”, disse Lula, durante pronunciamento.

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Simone Tebet (MDB) segue sem ministério

Já o Ministério do Desenvolvimento Regional, que cuida dos programas sociais, ficará com o ex-governador do Piauí e senador eleito Wellington Dias (PT). Essa era uma pasta que era desejada pela ex-candidata Simone Tebet (MDB), que ainda está sem um ministério.

Lula também aproveitou para enviar um recado aos apoiadores que ainda não foram contemplados, dizendo que novos ministérios serão anunciados na próxima semana.

Também pediu aos futuros novos ministros que, na composição dos gabinetes, levassem em conta a pluralidade de forças que apoiaram a candidatura vencedora.

“Peço que levem em conta a pluralidade das pessoas que participaram da campanha, que cada um tente montar o governo de forma diversa e com outras forças políticas que nos ajudaram”, disse.

Dos nomes anunciados nesta quinta-feira, alguns já ocuparam cargos no Executivo durante os dois primeiros mandatos de Lula, como Luiz Marinho, que voltará ao Ministério do Trabalho.

Entre os estreantes em cargos no executivo federal, estão Silvio Almeida, filósofo e professor que irá assumir a pasta dos Direitos Humanos, e Anielle Franco, professora e irmã de Marielle Franco, que irá assumir a pasta da Igualdade Racial.

Confira os ministros já oficializados por Lula:

• Alexandre Padilha, Relações Institucionais*
• Anielle Franco, Igualdade Racial*
• Camilo Santana, Educação*
• Cida Gonçalves, Mulher*
• Esther Duek, Gestão*
• Fernando Haddad, Fazenda
• Flávio Dino, Justiça e Segurança Pública
• Geraldo Alckmin, Desenvolvimento, Indústria e Comércio*
• Jorge Messias, Advocacia Geral da União*
• José Múcio Monteiro, Defes
• Luciana Santos, Ciência e Tecnologia*
• Luiz Marinho, Trabalho*
• Marcio França, Portos e Aeroportos*
• Marcio Macedo, Secretaria Geral da Presidência*
• Margareth Menezes, Cultura*
• Mauro Vieira, Relações Exteriores
• Nísia Trindade, Saúde*
• Rui Costa, Casa Civil
• Silvio Almeida, Direitos Humanos*
• Vinícius Marques de Carvalho, Controladoria-Geral da União*
• Wellington Dias, Desenvolvimento Social*

*anunciados nesta quinta-feira

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