Após o fechamento do pregão da última segunda-feira (26), duas aquisições agitaram o mercado de medicina diagnóstica. Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3), que futuramente serão uma empresa só, anunciaram investimentos.
O Fleury disse que pagará R$ 21 milhões pelas unidades da Retina Clinic em São Paulo. No ano passado, o centro de serviços clínicos oftalmológicos teve faturamento bruto de R$ 23,4 milhões.
Já a Hermes Pardini pagará R$ 17,8 milhões pelo CSV Central Sorológica, que opera análises clínicas, biologia molecular e toxicologia em Vitória há 25 anos. O valor pode chegar a R$ 19,8 milhões a depender de metas definidas, por 99% do capital social da empresa.
Nenhuma das companhias informou se as aquisições passarão pelo crivo do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
O que achamos
Ambos os negócios anunciados pelas empresas que combinarão suas atividades no futuro próximo conversam com a estratégia do setor.
O crescimento inorgânico é um dos focos da CEO do Fleury, Jeane Tsutsui, que está no cargo há quase um ano e meio e levou a empresa a quase dez aquisições no período, contando com a Hermes Pardini, em processo aprovado em agosto.
O Fleury reforça sua busca pelas soluções amplas do ecossistema de saúde com as atividades oftalmológicas e, do outro lado, a Pardini procura encontrar novos clientes e ampliar os serviços no Sudeste brasileiro.
Como a ação do Fleury deve reagir
Embora os negócios comprometam valores pequenos e haja poucas informações acerca de sinergias e potencial de crescimento, são notícias positivas para o Fleury. Os papéis da empresa devem ter desempenho positivo, acompanhando o mercado futuro da Bolsa brasileira no azul, que indica dia otimista.