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Lidar com o dinheiro sempre suscita certa insegurança, mas com conhecimento é possível tomar a decisão mais inteligente para encarar o universo financeiro, seja na hora de investir, economizar ou se planejar.
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Como entender os termos utilizados nos relatórios de análise de ações?
Para fazer a melhor escolha, o investidor precisa se abastecer de informações e muitas vezes um dos caminhos utilizados é recorrer aos relatórios feitos por analistas de bancos, corretoras e casas de análise.
O problema é que na hora de acompanhar os relatórios dos analistas das empresas listadas em Bolsa, muita gente ainda mostra dúvidas em relação a alguns dos termos usados. Isso ocorre com frequência, já que cada corretora adota uma terminologia diferente e muitas vezes há o uso de termos em inglês.
Quando começa a receber os relatórios, o investidor passa então a se deparar com termos como “outperform”, “preço-alvo” e “benchmark”. Mas afinal, o que eles significam e como devem ser utilizados na hora de montar e gerir a carteira?
As recomendações feitas por analistas são baseadas no desempenho de um determinado ativo em relação a um indicador. No caso de uma ação, a recomendação pode ser feita em relação a um índice, como o Ibovespa, ou a papéis do mesmo setor.
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O analista vai avaliar se a ação de determinada empresa está com uma performance melhor ou pior que sua referência e dar uma recomendação, seja ela de compra, venda ou neutra.
E em meio a esse relatório, aqui estão os principais termos com os quais o investidor irá se deparar:
“Outperform”
“Outperform” é a recomendação dada a ação que mostra potencial de ter um desempenho acima do esperado em relação à média do mercado ou das concorrentes. Alguns analistas também utilizam o termo “overweight”, que significa acima do peso.
As ações com essa indicação sinalizam que terão um retorno acima de papéis semelhantes e, por isso, vale a pena comprá-las ou mantê-las em carteira.
“Underperform”
Após a avaliação dos fundamentos da empresa e da comparação com o mercado, o analista pode chegar à conclusão de que a ação não terá um desempenho inferior ao dos pares, ou seja, irá ter uma queda ou subir menos que as concorrentes.
Os papéis nessa situação recebem a classificação de “underperform”. Algumas casas de análise também utilizam o termo “underweight”. E muitas vezes essa classificação está atrelada a uma recomendação de venda.
“Marketperform”
Um ativo (ação, papel de renda fixa, cota de fundo imobiliário) pode ter um desempenho inferior ou superior ao índice de mercado ou aos pares. Mas e quando ele anda ali junto como todo mundo?
Nesse caso, eles recebem a classificação “marketperform”, que na prática quer dizer que eles vão se comportar próximo ao índice de referência, o que é considerado um desempenho neutro. Outro nome dado é o de “peerperform”, ou seja, uma performance alinhada com os pares.
Nessas avaliações, em geral, a recomendação é para manutenção do papel em carteira.
Preço-alvo
Nos relatórios, os analistas também indicam qual o preço esperado para um papel em um determinado espaço de tempo, normalmente até o fim do ano ou em um horizonte de 12 meses.
O preço-alvo representa o potencial de valorização daquele papel caso as premissas adotadas pelo analista se concretizem e o cenário não mude.
Na prática, condições como aumento de juros, mais concorrência e mudanças regulatórias podem afetar a atividade de uma empresa e, portanto, sua capacidade de alcançar os resultados esperados. Isso fará com que o analista precise revisar esse preço-alvo e muitas vezes a recomendação para o papel.
O investidor deve também ficar atento ao fato de que mesmo um papel com potencial de valorização nem sempre vai ter uma recomendação de compra ou “outperform”, já que os preços de papéis de empresas similares podem um potencial de valorização ainda maior.
“Benchmark”
Esse é o termo utilizado para o que vai ser a referência para a tomada de decisão do investidor ou para a recomendação do analista. No caso de ações, muitas vezes o “benchmark” será um índice. No caso de fundos de renda fixa, pode ser o CDI.
O “benchmark” vai servir como parâmetro de performance. O investidor pode achar que a ação subiu muito, mas subiu muito na comparação com o quê? E aí é preciso ter alguma referência.
Esse também é um termo que pode ser utilizado por gestores de fundo, que montam uma carteira buscando superar um determinado patamar de rentabilidade, por exemplo, entregar um rendimento acima do CDI. Nesse caso, o “benchmark” é o CDI.